Síria diz que ataques israelenses prolongam conflito e incentivam terroristas
Beirute, 26 dez (EFE).- O Ministério das Relações Exteriores da Síria afirmou nesta quarta-feira que os ataques realizados ontem à noite por Israel contra o seu território se emolduram nas "contínuas tentativas israelenses de prolongar a crise na Síria" e de "incentivar" os terroristas que permanecem no país.
De acordo com a agência de notícias do governo sírio, "Sana", o ministério qualificou o ataque com mísseis realizado ontem à noite supostamente pelo Exército israelense contra vários alvos nos arredores de Damasco como uma "agressão traidora". A agência informou ainda que o Ministério enviou uma mensagem para o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e para a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, atualmente exercida pelo Cazaquistão, para denunciar o ataque e pedir medidas "decisivas e imediatas para que as agressões israelenses não voltem a acontecer".
Segundo a "Sana", Israel continua aplicando um "método hostil e grave" contra a Síria, graças ao apoio "ilimitado e contínuo que é dado pelo governo americano".
A agência informou ontem à noite que as defesas aéreas do Exército sírio tinham repelido "alvos inimigos" no céu de Damasco e que vários desses alvos foram abatidos. Conforme a versão da Síria, "a agressão" procedeu do território libanês, o que indicaria que foi cometida por Israel.
O Exército israelense informou ontem que seu sistema de defesa foi ativado contra um míssil antiaéreo lançado da Síria sem causar danos.
O Ministério de Relações Exteriores do Líbano, por sua vez, condenou os ataques e "a utilização do espaço aéreo libanês por aviões israelenses para lançar ataques contra o Estado-irmão", a Síria. O órgão declarou que apresentará uma queixa no Conselho de Segurança da ONU sobre as graves "violações israelenses que põem em risco a estabilidade regional e configuram uma ameaça para o tráfico de aviões civis".
Desde o começo do conflito na Síria em 2011, Israel fez centenas de ataques contra alvos relacionados ao Irã e ao grupo libanês Hezbollah, que lutam do lado do presidente sírio, Bashar al-Assad. EFE
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