Topo

Bolsonaro chega a hospital em São Paulo para passar por nova cirurgia

27/01/2019 11h17

São Paulo, 27 jan (EFE).- O presidente Jair Bolsonaro chegou neste domingo ao hospital Albert Einstein, em São Paulo, para iniciar os procedimentos médicos da cirurgia à qual será submetido amanhã para a retirada da bolsa de colostomia implantada desde a facada que sofreu em setembro do ano passado.

Bolsonaro, que ontem visitou a área afetada pela ruptura de uyma barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG), chegou à capital paulista vindo de Brasília acompanhado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e de uma comitiva integrada pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e alguns assessores.

O presidente, de 63 anos, será submetido à sua terceira cirurgia desde que sofreu uma facada no abdômen em setembro do ano passado quando era carregado ombros por uma multidão durante um ato de campanha em Juiz de Fora.

De acordo com o cronograma apresentado pelo governo, Bolsonaro será operado nesta segunda-feira, em um procedimento que costuma durar de três a quatro horas, e deverá permanecer 48 horas em repouso absoluto.

Durante esse período, será substituído pelo vice-presidente, o general Hamilton Mourão, e depois retomará os trabalhos no próprio hospital, onde receberá seus ministros.

A operação já estava programada há várias semanas, mas coincide com a grave tragédia em Brumadinho, onde pelo menos 37 pessoas morreram depois que uma barragem se rompeu na última sexta-feira.

Após retornar do Fórum Econômico Mundial de Davos, Bolsonaro viajou à área afetada pelo desastre e sobrevoou o local durante algumas horas de helicóptero.

Nas redes sociais, o presidente disse que o governo "fará tudo o que estiver ao seu alcance" para "cobrar justiça" e "prevenir novas tragédias" como esta e a ocorrida há pouco mais de três anos em Mariana, também em MG, na qual morreram 19 pessoas.

Bolsonaro deverá permanecer dez dias no hospital, mas o governo criou um gabinete de crise integrado por vários ministros para acompanhar a situação em Brumadinho, onde existe o risco de ruptura de outra barragem. EFE