STF autoriza Lula a sair da prisão para encontrar família após morte de irmão
São Paulo, 30 jan (EFE).- O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, autorizou nesta quarta-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saia temporariamente da prisão para viajar a São Bernardo Campo (SP), onde se encontrará com a família após o enterro do irmão Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá.
A defesa de Lula havia solicitado a libertação, mas a justiça negou o pedido na noite de terça-feira, depois que a Polícia Federal alegou problemas logísticos para a operação de mudança. Vavá foi enterrado às 13h desta quarta-feira.
Toffoli concedeu um habeas corpus para que, seguindo a lei, seja assegurado a Lula "o direito de se encontrar exclusivamente com os seus familiares, na data de hoje, em Unidade Militar na Região, inclusive com a possibilidade do corpo ser levado à referida unidade militar, a critério da família".
No entanto, a decisão foi proferida precisamente no momento em que Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, era sepultado no cemitério de São Bernardo do Campo.
A assessoria de Lula disse à Agência Efe que ainda não sabe se Lula deixará a prisão, mas informou que o habeas corpus saiu quase ao mesmo tempo no qual seu irmão foi enterrado e que há permissão para a visita à família.
Vavá, que segundo o Partido dos Trabalhadores (PT) era uma "figura paterna" para Lula, tinha 79 anos e lutava contra um tipo de raro de câncer no pulmão.
Os advogados solicitaram ontem que Lula deixasse a prisão para poder comparecer ao velório de seu irmão e ao funeral e sublinharam que, segundo a lei, é "um direito do cidadão em situação de detenção sair temporariamente do estabelecimento no qual se encontra na hipótese de falecimento do irmão, como é o caso".
No entanto, a magistrada encarregada do caso, Carolina Lebbos, desprezou o pedido depois que a Polícia Federal argumentou as razões logísticas para impedir a viagem, uma decisão que foi duramente criticada pelo PT.
Lula (2003-2010) está preso desde abril do ano passado na sede da Polícia Federal de Curitiba, depois de ter sido condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no marco da Operação Lava Jato.EFE
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