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Jornalistas da Agência Efe são libertados após serem detidos na Venezuela

31/01/2019 15h16

Caracas, 31 jan (EFE).- Os três jornalistas da Agência Efe que foram detidos ontem na Venezuela pelo Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) - os colombianos Maurén Barriga, Leonardo Muñoz e o espanhol Gonzalo Domínguez - foram libertados nesta quinta-feira.

Já o motorista que acompanhava Muñoz, José Salas, de nacionalidade venezuelana, ainda está na sede do Sebin, conhecida como Helicoide e que fica no oeste da capital, Caracas.

Os correspondentes se encontraram com o cônsul da Espanha em Caracas, Julio Navas, que já confirmou que os três estão bem.

Além disso, os jornalistas se encontraram também com o encarregado de negócios da Colômbia na Venezuela, Germán Castañeda, que durante a manhã se dirigiu ao Helocoide à espera da libertação dos profissionais de imprensa.

Os repórteres foram levados de manhã à sede do Serviço Administrativo de Identificação, Migração e de Estrangeiros (Saime) no centro de Caracas, onde foram submetidos a um exame médico.

Muñoz, fotógrafo, foi detido ontem à tarde quando acompanhava, junto com Salas, os protestos que foram convocados pelo Parlamento - formado basicamente por opositores do presidente Nicolás Maduro - em Caracas, e o paradeiro de ambos só foi divulgado às 21h30 (horário local; 21h de Brasília) quando o Sebin prendeu os outros dois correspondentes.

Maurén e Domínguez eram esperados por cinco agentes do Sebin fortemente armados no hotel onde estavam hospedados, no leste de Caracas, e foram levados à sede do Helicoide.

A falta de credenciamento foi o argumento do Sebin para deter os correspondentes.

No entanto, na chegada dos profissionais ao aeroporto venezuelano, os mesmos informaram ao Sebin e aos funcionários de migração da Venezuela que trabalhariam como jornalistas para reforçar a delegação da Agência Efe em Caracas, e tiveram a entrada no país permitida.

Dezenas de jornalistas estrangeiros chegaram à Venezuela para cobrir de perto os eventos relacionados à crise sociopolítica, que piorou quando o chefe do Parlamento, Juan Guaidó, se autoproclamou como presidente interino do país.

Guaidó recebeu apoio imediato por parte de 30 países e de algumas organizações internacionais. Já o governo de Nicolás Maduro denunciou que existe um golpe de Estado que é apoiado por grande parte da imprensa estrangeira. EFE