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Chanceleres de EUA e Colômbia falam sobre chegada de ajuda à Venezuela

05/02/2019 20h38

Washington, 5 fev (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, e seu homólogo da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, conversaram nesta terça-feira sobre como enviar ajuda humanitária ao povo venezuelano, no que representa um desafio à recusa do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Pompeo e Trujillo se reuniram durante pouco mais de uma hora no Departamento de Estado, em Washington.

O objetivo do encontro, segundo Trujillo explicou à imprensa, foi "traçar um caminho de ação conjunta para frente no que tem a ver com a Venezuela", assim como "avaliar" os resultados da reunião de segunda-feira do Grupo de Lima e debater sobre como enviar ajuda humanitária ao país caribenho.

"Aqui o fundamental é que essas portas que estiveram fechadas durante a ditadura foram abertas pelo novo presidente Juan Guaidó. O que a Colômbia está fazendo é cooperar para que o efeito dessa ajuda humanitária chegue ao povo venezuelano, que é o que o povo necessita", afirmou Trujillo.

Na semana passada, o governo dos EUA confirmou que estava estudando a possibilidade de abrir um corredor humanitário, algo que o chavismo interpreta como uma ameaça porque poderia requerer a participação de tropas, fossem americanas ou de algum outro país da região.

Perguntado se a Colômbia está considerando o envio de soldados, Trujillo respondeu: "Não, não, estamos falando de ajuda humanitária".

O Grupo de Lima, na sua reunião desta segunda-feira em Ottawa (Canadá), fixou o compromisso de não considerar a opção militar para forçar a saída de Maduro e decidiu aumentar a pressão econômica.

Falando deste acordo, Trujillo explicou que a Colômbia quer que os ativos estatais da Venezuela passem a ser gerenciados pelo líder do parlamento, Juan Guaidó, que no último dia 23 de janeiro invocou a Constituição e se proclamou presidente em exercício da Venezuela.

Os EUA, primeiro país que reconheceu Guaidó como presidente, já tomaram medidas para que as receitas estatais da Venezuela em território americano sejam direcionadas ao líder opositor.

"Já se sabe que uso a ditadura deu a esses ativos. Agora o que se requer é que esses ativos possam servir para que o novo presidente Juan Guaidó os dirija bem, em benefício dos venezuelanos", opinou Trujillo.

A agenda de Trujillo em Washington inclui ainda uma reunião com o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton.

Bolton chamou atenção na semana passada ao falar com a imprensa segurando um bloco de papel de notas no qual era possível ler, como registraram os fotógrafos, a frase "5.000 tropas à Colômbia" e cujo significado não foi esclarecido até agora. EFE