Assad viaja ao Irã em visita excepcional ao seu principal aliado regional
Teerã/Cairo, 25 fev (EFE).- O presidente da Síria, Bashar al Assad, viajou nesta segunda-feira ao Irã, onde se reuniu com o líder supremo, Ali Khamenei, e com o seu homólogo iraniano, Hassan Rohani, em uma das poucas visitas ao exterior que realiza desde o começo do conflito na Síria em 2011 e que não tinha sido anunciada previamente.
A agência de notícias estatal síria "Sana" informou que, durante o encontro em Teerã, Assad felicitou Khamenei pelo 40º aniversário do triunfo da Revolução Islâmica de 1979 no Irã, que considerou um "modelo para construir um Estado forte e capaz de conseguir os interesses do povo".
Segundo a agência, os dois líderes abordaram as relações "de irmandade" entre os dois países, que foram o "fator principal na perseverança da Síria e do Irã frente aos planos de países hostis que buscam debilitá-los e sacudir sua estabilidade".
Além disso, expressaram sua satisfação pelo "nível estratégico" alcançado pelas relações entre os dois países em todos os campos.
O Irã foi um aliado-chave de Damasco durante o transcurso da guerra na Síria, para onde Teerã enviou soldados e assessores militares, além de prestar apoio econômico e político ao seu principal aliado xiita no Oriente Médio.
Por sua parte, Khamenei reiterou o apoio do seu país a Assad e lhe preveniu de "futuras conspirações dos inimigos".
Além de expressar seu apoio ao governo e ao povo sírio, o líder iraniano louvou "a resistência da Síria, que conduziu sua vitória sobre o terrorismo", segundo afirmou a agência oficial iraniana "Irna".
Já segundo a "Sana", Khamenei assegurou que o Irã seguirá oferecendo "tudo o que puder" à Síria até acabar com o terrorismo e para começar a reconstrução do país.
Por sua parte, Assad agradeceu ao povo e aos dirigentes do Irã por "tudo o que ofereceram à Síria durante a guerra".
Depois do apoio militar fundamental para o regime sírio, o Irã se dispõe agora a exercer um papel destacado na reconstrução da Síria, devastada após oito anos de guerra. EFE
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