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Socialistas ganham, mas europeístas podem formar governo na Moldávia

25/02/2019 11h21

Chisinau, 25 fev (EFE).- Os socialistas moldávios ganharam as eleições parlamentares de domingo, mas os partidos europeístas, no poder desde 2009, obtiveram cadeiras suficientes para formar Governo, segundo os dados preliminares oferecidos nesta segunda-feira pela Comissão Eleitoral Central (CEC).

O Partido dos Socialistas da Moldávia, liderado pelo presidente, o pró-Rússia Igor Dodon, tinha 31,31% dos votos faltando pouco para a conclusão da apuração.

Além dos 50 deputados escolhidos por listas de partido, as outras 51 cadeiras do Parlamento ficaram em circunscrições majoritárias.

Por isso, os socialistas obtiveram no total 34 cadeiras, três a mais que o governante Partido Democrático da Moldávia (PDM), que teve 23,77% por listas de partidos, para um total de 31 cadeiras.

O terceiro foi o bloco opositor de direitas ACUM com 26,54% de votos, mas que obteve apenas 11 cadeiras por circunscrições, para um total de 26 assentos no Parlamento de 101 cadeiras.

A quarta formação foi o partido populista SOROR, com 8,36% dos votos e um total de sete cadeiras, ao qual é preciso somar três deputados independentes.

Os outros 11 partidos não alcançaram a votação mínima necessária de 6% para ter representação no Legislativo.

O governante PDM e o opositor bloco de direita ACUM, ambos de vocação europeísta, poderiam a princípio fazer uma coalizão majoritária, mas mantêm posições irreconciliáveis em assuntos como gestão pública e luta contra a corrupção.

O líder do PDM, o multimilionário Vlad Plahotniuc, declarou hoje que está disposto a começar negociações com os partidos que estarão representados no Parlamento, assim como com os deputados independentes com o objetivo de "dar aos cidadãos uma maioria parlamentar e um governo capaz de atuar".

"Não somos orgulhosos e nem estamos ofendidos. Começaremos negociações nas quais poremos o acento nos interesses de nossos cidadãos, em dar um governo competente, e não nas divergências doutrinárias", recalcou.

No entanto, a líder socialista, Zinaida Greceanii, expressou as suas dúvidas de que alguém seja capaz de conseguir uma maioria parlamentar que permita formar Governo.

"Não descartamos que dada a situação sejam possíveis novas eleições", disse. EFE