Promotoria diz que maquinista não acionou freio de trem que matou 20 no Egito
Cairo, 27 fev (EFE).- A Promotoria-Geral do Egito afirmou nesta quarta-feira que o acidente que matou pelo menos 20 pessoas na principal estação ferroviária do país ocorreu devido à negligência do maquinista, que deixou o trem sem acionar os freios.
O maquinista do trem foi detido e está sendo interrogado pelos promotores, segundo a agência estatal "Mena". No entanto, as autoridades egípcias não divulgaram a identidade do homem.
Segundo a investigação preliminar, o maquinista deixou o carro 2310 sem acionar os freios depois de uma colisão com outro, a 2305, que circulava em um trilho próximo, na direção contrária.
No entanto, ao deixar a cabine para observar o que ocorreu, o trem 2310 começou a se movimentar, ganhou grande velocidade e chocou contra uma barreira de concreto próxima à estação de Ramsés, provocando uma explosão seguida de um grande incêndio.
A Promotoria-Geral do Egito confirmou a morte de 20 pessoas na explosão e que 28 feridos foram levados a sete hospitais do Cairo.
Mais cedo, o Ministério da Saúde havia informado que 40 pessoas tinham ficado feridas, mas algumas foram liberadas após atendimento médico no próprio local.
O ministro de Transporte do Egito, Hisham Arafat, renunciou ao cargo logo depois do acidente e foi substituído de forma provisória pelo ministro de Energia, Mohammed Shaker.
O presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, ordenou que o acidente seja investigado e os responsáveis punidos.
No Egito são frequentes os acidentes ferroviários devido ao mal estado das vias e dos veículos, assim como à falta de um sistema moderno de sinalização e controle de tráfego.
A estação de Ramsés é a principal do Cairo, por onde passam os trens para todas as províncias do país e costuma ser muito movimentada. EFE
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