Turquia critica EUA por reconhecer soberania de Israel sobre Colinas de Golã
Istambul, 25 mar (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Cavusoglu, condenou nesta segunda-feira a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, um território sírio ocupado pelo país desde 1967 após a Guerra dos Seis Dias.
"Os Estados Unidos voltaram a desprezar a lei internacional, mas essa decisão nunca legitimará a ocupação israelense. Pelo contrário, provocará um aumento das tensões na região ao dificultar os esforços para buscar a paz no Oriente Médio", disse o chanceler no Twitter.
Em entrevista posterior concedida à agência turca "Anadolu", Cavusoglu ainda afirmou que a Turquia não aceitará a decisão dos EUA de "ignorar o direito internacional".
"Estamos vendo medidas que desprezam o direito internacional e as decisões das Nações Unidas. Primeiro, a mudança da embaixada para Jerusalém. Depois, o contínuo apoio à opressão de Israel. Agora, as tentativas de dar legitimidade à ocupação das Colinas de Golã", criticou o chefe da diplomacia turca.
O porta-voz da presidência da Turquia, Ibrahim Kalin, fez afirmações similares às do chanceler nas redes sociais.
"A decisão dos EUA a respeito das Colinas de Golã, ao mesmo tempo que Israel está bombardeando Gaza, é uma nova manifestação da mentalidade oposta à paz. Independente de onde o apoio vier, as políticas de ocupação e de guerra são ilegítimas e desumanas", escreveu o porta-voz no Twitter.
Trump assinou hoje, na presença do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, um decreto no qual reconhece a soberania israelense sobre as Colinas de Golã.
A região, que antes pertencia à Síria, é ocupada por Israel desde 1967 e foi anexada pelo país em 1981, em um movimento criticado e não reconhecido pela comunidade internacional. EFE
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