Moçambique anuncia fim das operações de resgate do país após ciclone Idai
Maputo, 28 mar (EFE).- O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou nesta quinta-feira o fim das operações de busca e resgate dos afetados pela passagem do ciclone Idai, que deixou 468 mortos e mais de 1.500 feridos no país.
"Depois de 15 dias de atividade intensa de busca e salvamento, as equipes nacionais e internacionais concluíram a fase de resgate de todas as pessoas que estavam em cima dos telhados de casas, árvores ou em áreas isoladas", disse Nyusi na cidade de Beira, na região central do país, epicentro do desastre climático.
"As equipes no terreno seguem atentas e prontas para intervir quando a situação exigir", completou o presidente de Moçambique.
Segundo Nyusi, 135 mil pessoas tinha sido resgatadas, principalmente nos distritos de Sussundenga, Nhamatanda e Dondo.
O anúncio ocorreu um dia depois do governo do país ter confirmado cinco casos de cólera na cidade de Beira. A presença de água contaminada e a falta de produtos para purificá-la propiciaram o surgimento das crises humanitárias.
"Os dados das últimas 24 horas indicam que há 139 novos pacientes com diarreia", revelou o diretor do Serviço Nacional de Assistência Médica, Ussene Isse, que explicou que já havia 39 pacientes internados no Centro de Tratamento de Munhava, um bairro periférico de Beira.
Isse explicou que 900 mil vacinas contra a cólera estão sendo enviadas ao país para uma campanha que começará nas cidades de Beira e de Donde.
O ciclone Idai atingiu a cidade de Beira no dia 14 de março e também atingiu Zimbábue e Malawai. No total, mais de 700 pessoas morreram nos três países. EFE
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