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Trump pede que Merkel seja mais contundente sobre "perigosa" conduta do Irã

28/06/2019 03h29

Osaka (Japão), 28 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta sexta-feira à chanceler da Alemanha, Angela Merkel, para que seja mais contundente em relação ao que definiu como "perigosa conduta do Irã", durante uma reunião bilateral às margens da cúpula do G20, em Osaka, no Japão.

"O presidente pediu à chanceler Merkel para se unir aos Estados Unidos (em sua estratégia) para manter o Irã sob uma pressão global máxima", disse a Casa Branca no Twitter depois do encontro.

Como a União Europeia (UE), a Alemanha defendeu uma contenção das tensões entre os Estados Unidos e o Irã, que dispararam nos últimos dois meses e têm origem na decisão de Trump de sair, em 2018, do acordo nuclear com o país islâmico.

A Alemanha é uma das cinco potências que permanecem junto com o Irã no pacto de 2015 e tentou convencer o governo do país a se manter no acordo, apesar da reimposição das sanções que os Estados Unidos tinham suspendido desde que o assinou.

Em maio, o governo iraniano anunciou que o país suspenderia a aplicação de alguns dos seus compromissos nucleares e deu um ultimato à Europa para garantir seus interesses se não quiser que ele aumente os limites ao enriquecimento de urânio.

As tensões no Golfo Pérsico e "as atividades perigosas do Irã no Oriente Médio" dominaram boa parte do diálogo entre Trump e Merkel, segundo um comunicado da Casa Branca.

Os dois também conversaram sobre "como estabilizar a Líbia e a região do Sahel, assim como apoiar as reformas econômicas na Ucrânia", e as "negociações com a China" para conter a guerra comercial com os Estados Unidos e "estabelecer padrões justos para o comércio global", informou o escritório de Trump.

A relação entre Trump e Merkel foi notavelmente fria durante os últimos dois anos, mas o presidente americano fez vários elogios a ela no começo do encontro. de hoje

"É uma pessoa fantástica, uma mulher fantástica, e estou satisfeito que seja minha amiga", ressaltou Trump, enquanto Merkel destacava que "as companhias alemãs estão investindo muito nos Estados Unidos".

Um dia depois de gerar preocupação com os visíveis tremores em um ato oficial, Merkel não deu nenhum sinal de ter problemas de saúde, nem durante a reunião com Trump, nem na chamada "foto de família" entre os líderes do G20 no início da cúpula. EFE