Rússia confirma que várias pessoas sobreviveram a incêndio em submarino
Parte da tripulação do submarino acidentado nesta segunda-feira no noroeste da Rússia conseguiu se salvar, segundo confirmou nesta quarta-feira o ministro da Defesa deste país, Sergei Choigu, durante uma reunião com a comissão que investiga o incêndio que deixou 14 mortos.
"Morreram 14 membros da tripulação, o restante se salvou", disse Choigu sem especificar o número dos sobreviventes.
O ministro russo acrescentou que a bordo do submarino da Frota do Mar do Norte, que sofreu um incêndio na segunda-feira, estava também um especialista civil que "foi o primeiro a ser evacuado".
O aparelho submersível, projetado para pesquisa, resgate e operações especiais, pode transportar até 25 tripulantes.
Citado pela agência de notícias "Interfax", Choigu destacou que os marinheiros falecidos apagaram o fogo "à custa das suas próprias vidas", mas conseguiram "salvar seus companheiros e o veículo das águas profundas".
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, já ordenou investigações sobre o acidente no qual, segundo disse, morreram "sete capitães de navio, entre eles dois heróis da Rússia".
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que a informação sobre o tipo de aparelho submersível, assim como a natureza das tarefas que realizava, não foram reveladas em virtude da lei sobre segredos de Estado.
Segundo vários meios de comunicação russos, trata-se do submarino nuclear AS-12, conhecido também como "Losharik", capaz de descer a profundidades de até 6.000 metros.
A imprensa havia antecipado também que o acidente tinha deixado vários feridos, que estariam em um hospital da Marinha russa no porto de Severomorsk, no mar de Barents.
Segundo diversas fontes, os feridos apresentam lesões que sugerem que houve uma explosão no submarino antes do incêndio.
O acidente em submarinos mais grave na história da Rússia aconteceu no ano 2000, quando um incêndio no submersível Kursk matou seus 118 tripulantes.
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