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Trump designa oficialmente Brasil como aliado extra-Otan dos EUA

Presidente Jair Bolsonaro é recebido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca - Manuel Balce Ceneta/AP
Presidente Jair Bolsonaro é recebido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca Imagem: Manuel Balce Ceneta/AP

Em Washington

31/07/2019 22h41

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, designou oficialmente nesta quarta-feira o Brasil como um aliado militar estratégico do país fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Com o anúncio, o Brasil se torna o segundo país da América Latina, depois da Argentina, a receber o status especial, que permitirá aprofundar a cooperação militar bilateral. Além deles, outros 16 países já foram declarados aliados extra-Otan pelo governo americano.

O processo para designar o Brasil como aliado extra-Otan começou em 8 de maio, cerca de dois meses depois da visita do presidente Jair Bolsonaro à Casa Branca.

Trump notificou o Congresso sobre a intenção em carta, seguindo o procedimento legal, que determina que o Legislativo seja informado sobre a designação de um aliado militar estratégico fora da Otan pelo menos 30 dias antes do status entrar em vigor.

No documento, Trump afirmou que faria a designação "em sinal de reconhecimento pelos compromissos recentes do governo do Brasil de aumentar a cooperação no setor de defesa com os EUA, e consciente do nosso próprio interesse nacional em aprofundar nossa cooperação em defesa com o Brasil".

O status dá ao Brasil o direito de tornar-se comprador preferencial de equipamentos e tecnologias militares dos Estados Unidos, além de participar de leilões organizados pelo Pentágono. A medida também abre caminho para a realização de manobras conjuntas entre as Forças Armadas dos dois países.

Quando recebeu Bolsonaro em março, Trump inclusive chegou a cogitar negociar a entrada do Brasil na Otan, mas a hipótese foi negada posteriormente pela aliança militar.

Trump também declarou apoio à campanha do Brasil para aderir à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), um processo que pode levar anos, mas que Bolsonaro que acelerar com o respaldo formal americano.