Trump chega à França para cúpula do G7 após nova tempestade com a China
Biarritz (França), 24 ago (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou neste sábado à França para participar da cúpula do G7 após protagonizar outra tempestade econômica e política com a China, que será um dos temas debatidos no evento realizado na cidade de Biarritz devido às implicações na economia global.
Trump desembarcou na pista do aeroporto de Merignac, em Bordeaux, de onde seguiu em uma aeronave menor rumo a Biarritz, no sul do litoral atlântico francês.
Ontem, o presidente dos EUA aumentou duas tarifas que já tinha anunciado contra produtos da China e ordenou às companhias americanas presentes no gigante asiático para que busquem soluções "alternativas" e voltem a se instalar em território americano. As medidas foram tomadas após a China anunciar tarifas a US$ 75 bilhões em produtos americanos como represália a outras medidas similares do governo dos EUA.
O reflexo nas bolsas internacionais do novo capítulo do conflito entre as duas potências foi forte, e o índice Dow Jones, por exemplo, caiu 2,37%.
São justamente os efeitos da guerra comercial e de outras tensões envolvendo EUA e China uma das grandes preocupações da cúpula do G7 devido ao efeito na desaceleração da economia mundial.
Além disso, ontem à noite Trump tomou partido em favor do presidente Jair Bolsonaro após as críticas que o brasileiro recebeu do presidente da França e anfitrião da cúpula, Emmanuel Macron, pela grave onda de incêndios na Amazônia.
"Acabo de falar com o presidente Jair Bolsonaro, do Brasil. As nossas perspectivas comerciais são muito emocionantes, e a nossa relação é sólida, talvez mais do que nunca", afirmou Trump no Twitter.
O comentário foi feito após Macron ameaçar não ratificar o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul nas condições atuais, por considerar que Bolsonaro mentiu quando, meses atrás, assumiu compromissos sobre a proteção da biodiversidade.
A história do presidente americano nas cúpulas do G7 nunca foi muito tranquila. Na edição do ano passado, ele se negou a assinar a declaração final e chegou a chamar o então anfitrião, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, de "desonesto".
Um ano antes, em 2017, na Itália, Trump negou-se a aderir ao compromisso dos membros do G7 para implementar rapidamente o Acordo do Clima de Paris, do qual acabou retirando os Estados Unidos.
Em Biarritz, Trump terá encontros bilaterais com os próprios Macron e Trudeu, e também com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e os primeiros-ministros de Reino Unido e Japão, Boris Johnson e Shinzo Abe. EFE
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