Espanha desmantela grupo ligado à prostituição liderado por brasileira
A polícia da Espanha desmantelou uma rede formada por cidadãos brasileiros e espanhóis suspeitos de se dedicar à exploração sexual de mulheres paraguaias e libertou duas cidadãs deste país obrigadas a se prostituir em uma boate na província de Cuenca (centro), informaram nesta quinta-feira as forças de segurança em comunicado.
Os agentes detiveram 15 pessoas, revistaram quatro imóveis e fecharam o clube, situado na população de Graja de Iniesta, que era dirigido pela suposta líder da rede, de nacionalidade brasileira.
A líder teria arrecadado cerca de 200 mil euros por estas atividades, segundo os investigadores, que a consideram responsável pelas diretrizes que se deveriam ser seguidas na captação e transferência das mulheres do Paraguai à Espanha.
O grupo contava com um número amplo de colaboradores especializados em tramitar cartas de convite fraudulentas para essas mulheres, um documento que permite a entrada e estadia temporária de estrangeiros a pedido de residentes na Espanha que os acolhem.
As vítimas estavam em uma situação de vulnerabilidade e precariedade econômica e procediam das zonas mais desfavorecidas.
A organização oferecia um futuro idílico, garantindo que ganhariam muito dinheiro na Espanha e poderiam tirar suas famílias da pobreza, mas depois eram informadas de que tinham contraído uma "dívida" com a organização e que teriam que saldá-la exercendo a prostituição.
Às vezes, as mulheres e seus parentes eram ameaçados e coagidos a pagar e tinham que lidar com a imposição de multas por não cumprir com as estritas normas do clube.
A rede também dispunha de um grupo de pessoas de confiança que era encarregado de enviar os lucro obtidos da exploração sexual e do tráfico de entorpecentes a uma conta bancária no Brasil em nome da proprietária do clube ou de sua filha.
Também foram realizados envios ao Paraguai para financiar a viagem das vítimas.
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