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Institutos de direitos humanos se dizem preocupados com incêndios na Amazônia

Queimadas em Porto Velho (RO) - Ueslei Marcelino/Reuters
Queimadas em Porto Velho (RO) Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

31/08/2019 17h49

Tegucigalpa, 31 ago (EFE).- As instituições nacionais de direitos humanos de Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México e Panamá manifestaram neste sábado preocupação com os incêndios que atingem a Amazônia.

Os ombudsmen dos sete países disseram em uma declaração conjunta, divulgada em Tegucigalpa, que é necessário gerar consciência entre as autoridades e a sociedade para buscar um desenvolvimento econômico e ecologicamente sustentável.

"As instituições de direitos humanos dos sete países estão profundamente preocupadas com os devastadores incêndios que afetam a floresta amazônica. Essas Instituições Nacionais de Direitos Humanos se solidarizam com os povos e as comunidades indígenas, tribais e camponesas que compartilham a bacia amazônica", declarou o Comissário de Direitos Humanos de Honduras, Roberto Herrera.

Os institutos destacaram o valor da floresta como patrimônio natural da humanidade, mas lembraram a fragilidade ambiental que, segundo eles, ficou evidenciada com o crescente aumento dos incêndios na região, a devastação causada pelas queimadas e o alto impacto para a natureza.

O grupo concorda com o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, que no meio da crise global climática, não se pode permitir mais danos ao que classificaram como "uma das maiores fontes de oxigênio e biodiversidade" e pediram proteção à Amazônia.

"Esta posição, combinada com os compromissos adquiridos pela comunidade internacional no marco da Agenda 2030, aponta a grande transcendência do compromisso dos estados em matéria de salvaguarda e procuração dos direitos humanos", acrescenta a declaração conjunta, na qual as instituições dizem que cuidar da Amazônia não é um compromisso apenas do Brasil.

"A prevenção (de incêndios) e controle deve ser um compromisso e uma prioridade da comunidade internacional pelos graves danos ocasionados aos seres vivos", destacaram. EFE