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Justiça do Chile condena 22 agentes da polícia secreta de Pinochet

Ditadura de Augusto Pinochet no Chile durou de 1973 a 1990 - Associated Press
Ditadura de Augusto Pinochet no Chile durou de 1973 a 1990 Imagem: Associated Press

Da EFE, em Santiago (Chile)

07/10/2019 16h26

A Corte Suprema do Chile condenou nesta segunda-feira 22 antigos agentes da ditadura de Augusto Pinochet, pelo sequestro qualificado de dois opositores, que tiveram os nomes incluídos na Operação Colombo, montada pelo regime para encobrir o desaparecimento de 119 presos políticos.

As sentenças envolvem os principais agentes da Direção de Inteligência Nacional (Dina), a polícia secreta de Pinochet. Na lista, estão nomes como o general Raúl Iturriaga Neumann e os brigadeiros Pedro Espinoza Bravo e Miguel Krassnoff Martchenko.

Todos eles já cumprem atualmente longas penas na prisão, pela participação em violações aos direitos humanos durante o período em que Pinochet esteve no poder, entre 1973 e 1990.

As vítimas do sequestro são Héctor Zúñiga Tapia e Bernardo de Castro López, militantes de esquerda que foram detidos em meados de setembro de 1974.

Por causa do caso envolvendo o Tapia, integrante do Movimento de Esquerda Revolucionária, César Manríquez Bravo, Pedro Espinoza Bravo e Miguel Krassnoff Martchenko foram condenados a dez anos de prisão, por serem considerados autores do rapto e posterior desaparecimento. Outros cinco agentes foram sentenciados pelos crimes.

Já pelo sequestro de López, militante do Partido Socialista, o tribunal condenou a dez anos César Manríquez Bravo, Pedro Espinoza Bravo, Gerardo Urrich González, Manuel Carevic Cubillos e Raúl Iturriaga Neumann.

Em 1975, os nomes de Tapia e López foram incluídos entre as vítimas da Operação Colombo, uma ação forjada pela DINA para encobrir o desaparecimento de 119 prisioneiros políticos, com o apoio de agentes da Argentina e o Brasil.

Nos dois países, foram publicadas edições únicas de jornais inexistentes, em que era afirmado que ambos morreram em expurgos feitos pelo Movimento de Esquerda Revolucionária, em territórios argentino e brasileiro.

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