Governo do Chile impõe confinamento em bairros de Santiago mais afetados
O ministro da Saúde do Chile, Jaime Mañalich, anunciou nesta quarta-feira que vários do bairros de Santiago terão que voltar ao regime de confinamento, diante do preocupante aumento nos números de casos na capital, que concentra 85% das infecções pelo novo coronavírus.
"Temos que olhar para a região metropolitana com muito cuidado. Está se transmitindo a doença até comunas de maior risco, pela concentração de pessoas, poder econômico delas e o tipo de moradias", disse o integrante do governo, em referência às áreas mais pobres da cidade.
"Temos uma situação heterogênea no país e agora temos a batalha por Santiago. Vamos juntos, em um esforço enorme", disse o ministro.
Diferente do que aconteceu em países da região, o Chile evitou declarar um confinamento nacional e paralisar totalmente a economia, enquanto determinava "quarentenas seletivas e estratégicas", com restrições impostas por regiões, cidades ou bairros.
Desde março, as únicas medidas válidas para todo o país, que está em estado de exceção por catástrofe, são o toque de recolher de 22h às 5h, a suspensão de aulas em escolas e universidade, além do fechamento das fronteiras.
Além disso, atualmente, o comércio que não seja essencial está com portas fechadas.
DISPARADA NOS CASOS
Os novos casos de covid-19 estavam estabilizados em torno de 500 por dia e as autoridades chegaram a falar em superação do pico de contágio, o que permitiria vislumbrar a retomada da normalidade, mas uma alta significativa foi registrada nos últimos dias.
Em boletim divulgado hoje, são 1.032 infecções a mais em 24 horas, o que eleva o total para 23.048. Além disso, foram registradas seis novas mortes, fazendo a quantidade geral no país subir para 281.
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