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Novo surto de coronavírus em região de Seul alerta sul-coreanos

Funcionários desinfetam uma estação de metrô em Seul, na Coreia do Sul, em mais uma ação para evitar o aumento de transmissões do novo coronavírus no país - YONHAP / AFP
Funcionários desinfetam uma estação de metrô em Seul, na Coreia do Sul, em mais uma ação para evitar o aumento de transmissões do novo coronavírus no país Imagem: YONHAP / AFP

08/05/2020 12h20

Um novo surto do novo coronavírus em uma conhecida região de vida noturna de Seul preocupa as autoridades da Coreia do Sul no momento em que o país asiático acaba de ativar uma nova fase de distanciamento mais branda devido à queda de infecções.

Ainda nesta sexta-feira, 13 novos casos relacionados a esse surto foram relatados no conhecido bairro de Itaewon, chegando a um total de 15 infecções de covid-19.

Os dados representam um "balde de água fria" depois que, nos últimos dias, a Coreia do Sul ter registrado menos de 10 novas infecções por dia e quase nenhuma com origem na comunidade (a maioria delas foi importada).

A primeira pessoa a testar positivo para esse novo surto, na última quarta-feira, foi um homem de 29 anos que visitou cinco clubes e bares em Itaewon, na madrugada do último dia 2.

Ontem, um dos amigos que o acompanhou naquela noite testou positivo e hoje outras 13 pessoas que estavam nas instalações visitadas foram detectadas com a covid-19.

A identificação desse novo foco ocorre na mesma semana em que a Coreia do Sul relaxou seu distanciamento social, que inclui a reabertura progressiva de escolas ou museus, dada a queda de novos casos de coronavírus no país, que durou três dias consecutivos sem registro de infecções de origem local.

Por enquanto, e tendo em vista do surgimento do novo surto, o governo decidiu que, a partir de hoje, solicitará que todos os clubes noturnos fechem por um mês.

Conforme relatado hoje pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul (KCDC), pelo menos 1.510 pessoas estavam nos cinco locais no mesmo intervalo de tempo que aqueles que testaram positivo, de acordo com os registros da instalação, que eram obrigados a recolher dados de todos os clientes.

Até agora, 118 dessas 1.510 pessoas foram testadas e as autoridades estão tentando localizar o restante.

No entanto, teme-se que seja mais complicado do que o habitual encontrar muitos deles, pois pelo menos três dos cinco estabelecimentos estão ligados à comunidade LGTBI, que sofre de intenso preconceito na Coreia do Sul.