Premiê da Dinamarca afirma que propagação do coronavírus está controlada
A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, garantiu hoje que o país conseguiu superar a pandemia da covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, enquanto especialistas em saúde apontaram não acreditar em uma segunda onda de contágio.
Com 5,7 milhões de habitantes — um pouco menos que o estado de Goiás, o 12º mais populoso do Brasil —, a Dinamarca registrou 10.711 casos de infecção e 533 mortes. De acordo com o último boletim, o país vem tendo queda no número de internações e uma taxa de contágio de 0,7.
"Conseguimos manter sob controle a propagação do coronavírus, graças a um esforço coletivo sólido", afirmou Frederiksen.
De acordo com o diretor de infecções do Instituto Nacional de Saúde, Kare Molbak, os procedimentos adotados para frear o avanço da covid-19 foram bem-sucedidos e serão repetidos, caso volte a ser registrado o surgimento de um novo foco.
"Se o vírus estivesse descontrolado e não fizéssemos nada, haveria a possibilidade de uma segunda onda. Mas, aprendemos muito com a doença, temos capacidade para fazer testes e isolar os expostos ao contágio", afirmou o especialista.
Segundo a primeira-ministra, haverá uma estratégia mais ofensiva para a realização de testes. Atualmente, na Dinamarca, são realizados diariamente 10 mil exames de diagnóstico para o novo coronavírus.
Além disso, Frederiksen anunciou que será criado um órgão público que será responsável por garantir a distribuição de material de proteção.
O governo dinamarquês ainda pretende que as autoridades regionais habilitem instalações para que as pessoas que não possam se isolar em casa em outros locais.
A Dinamarca foi um dos primeiros países a fechar fronteiras para impedir o contágio, a paralisar atividades não essenciais, apesar de não ter sido decretado confinamento. Já em meados de abril, o país começou a ter relaxamento de medidas.
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