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OMS pede manutenção das medidas sanitárias enquanto pandemia seguir ativa

Diretor-regional da OMS para a Europa afirmou que risco é alto em diversos países - iStock
Diretor-regional da OMS para a Europa afirmou que risco é alto em diversos países Imagem: iStock

18/06/2020 14h49

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje que a pandemia da covid-19 ainda está em sua fase ativa e pediu aos governos que mantenham medidas sanitárias e evitem o antecipar o desconfinamento que levaram a novos surtos em vários países.

"A epidemia ainda está ativa em muitos países", disse o diretor-regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, em entrevista à imprensa da Rússia.

A este respeito, ele lembrou que em diversos países o número de casos disparou após o reinício das aulas, o que descreveu como um "sinal de alerta".

"Devemos estar vigilantes e realizar a flexibilização com muito cuidado. O risco permanece alto em todos os países", afirmou.

O diretor da OMS observou que "é de grande importância restabelecer a vida normal após a quarentena geral, mas é igualmente importante que os governos usem todos os recursos necessários para evitar a aplicação de novas quarentenas nas próximas semanas e meses".

Ele observou que em maio, o número de países europeus onde o indicador de infecções aumentou consideravelmente mais do que triplicou, passando de 6 para 21 países.

Esse apelo é especialmente válido na Rússia, que se encontra no meio de uma redução das medidas que muitos especialistas consideram precipitada e que estaria ligada ao desfile militar do próximo dia 24 em várias cidades do país e à votação, em 1º de julho, das emendas constitucionais que permitiriam ao presidente Vladimir Putin continuar no Kremlin até 2024.

No último dia, a Rússia detectou 7.790 novos casos e 182 mortes. O número total de infecções totaliza 561.091 e o de vítimas é de 7.660.

A porta-voz da OMS na Rússia, Melita Vujnovic, disse que as autoridades do país realizaram um grande número de testes para Covid-19, o que permite uma imagem mais precisa do número real de mortes e do indicador de mortalidade.

"No momento, quase 11% da população russa passou por testes, por isso temos uma imagem próxima da realidade", disse.