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Novos focos de coronavírus não são sinônimo de segunda onda, diz OMS

Diretor-executivo do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, durante entrevista coletiva em Genebra - Reprodução
Diretor-executivo do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, durante entrevista coletiva em Genebra Imagem: Reprodução

Da EFE, em Genebra

19/06/2020 18h54

O surgimento de novos focos de contágio do coronavírus, como o recentemente identificado em um grande mercado em Pequim, não significa necessariamente que a pandemia está entrando em uma segunda onda, ressaltaram especialistas da OMS (Organização Mundial da Saúde).

"Às vezes, há casos esporádicos que, ao serem investigados, levam a novos focos, como eventos de contágio em massa em ambientes fechados. É preciso monitorar para evitar um segundo pico de infecções e voltar a ter que recorrer a confinamentos", disse Mike Ryan, diretor de Emergências da OMS.

Ryan destacou que novos focos como os que foram identificados em Alemanha, Singapura, China e Coreia do Sul, entre outros países, "não são uma segunda onda", já que não têm uma transmissão comunitária generalizada, a fase mais grave de uma epidemia.

"É preciso mostrar habilidade e rapidez para usar os dados desses focos de contágio, fazer diagnósticos e acompanhar casos, além de adotar o distanciamento físico, para que se interrompa o menos possível a vida social", explicou.

Ryan acrescentou que quando há um novo aumento de casos depois da estabilização se deve falar mais de "segundo pico" do que de "segunda onda", o que não elimina o risco de ressurgimento da pandemia mais adiante.

"Não podemos nos surpreender com um possível ressurgimento de casos, pois continuamos com o risco de contrair o vírus. Se ele tiver a oportunidade, vai voltar", acrescentou a epidemiologista Maria Van Kerkhove, do Programa de Emergência em Saúde da OMS.