Macron admite dificuldades para decretar novo confinamento na França
O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou, em entrevista publicada hoje, que não é viável voltar a decretar um novo confinamento geral, por causa do novo coronavírus, que provoca a covid-19, devido os efeitos negativos da medida.
"Não se pode parar o país, porque os danos colaterais de um confinamento são consideráveis", afirmou o mandatário, conforme veiculou a revista Paris Match.
Apesar disso, o presidente admitiu que a medida é uma das hipóteses levadas em conta pelo governo para conter a segunda onda de contágio pelo novo coronavírus.
"Não nos proibimos nada. O que é preciso evitar é que fique fora de controle", explicou.
Macron garantiu que, no momento, a ideia é apostar em "estratégias muito localizadas", como a aplicada no departamento de Mayenne, em que os surtos mais graves foram registrados recentemente na França, desde o início do processo de reabertura.
Segundo o presidente, entre as medidas adotadas regionalmente, podem estar um reconfinamento que classificou de "seletivo", imposto conforme a necessidade momentânea.
Nos últimos sete dias, a França registrou cerca de 17 mil casos de infecção pelo novo coronavírus, sendo 3.776 no boletim apresentado ontem. A taxa de resultados positivos por teste realizado, entre 10 e 16 de agosto, subiu para 3,1%.
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