Com casos em alta, França prorroga proibição de grandes eventos até outubro
A situação da epidemia do novo coronavírus na França está evoluindo "para o lado errado", declarou hoje o primeiro-ministro Jean Castex em resposta ao aumento recente de novos casos de contaminação registrado no país. Temendo uma retomada do surto, ele anunciou a prorrogação da proibição de eventos com mais de 5 mil pessoas até 30 de outubro.
Mais de 5 mil novos casos de covid-19 foram registrados entre sexta-feira (7) e ontem, de acordo com os dados compilados pelas autoridades francesas. "Se nós não reagirmos de forma coletiva, vamos nos expor a um risco elevado de uma retomada epidêmica difícil de controlar", alertou o premiê durante a visita a um centro hospitalar.
Segundo o chefe do governo, a volta do surto "colocará novamente em situação de tensão todo sistema de saúde francês, a economia, o sistema educativo e nossa vida coletiva e cultural". Ele lembrou que o país já enfrentou uma situação similar durante o ápice da pandemia. "Todos se lembram e não queremos que essa situação se repita", insistiu.
Para tentar conter essa possível evolução do surto, o governo pediu que as autoridades de cada região ampliem a obrigação do uso de máscaras em locais públicos abertos. O acessório de proteção já é obrigatório nos transportes públicos, nos lugares fechados e nas principais ruas de várias cidades, inclusive a capital Paris.
Quem não respeita a medida está sujeito a uma muita de 135 euros (mais de R$ 800).
"Também vamos intensificar as ações nas vinte maiores metrópoles do país, onde há uma concentração de grandes populações e grandes aglomerações de pessoas", anunciou Castex. Além disso, ele confirmou que o governo vai prolongar até 30 de outubro a proibição de eventos que reúnam mais de 5 mil pessoas.
Mais testes
Paralelamente, o premiê pretende reforçar a política de testagem da população, um dos pontos mais delicados na luta contra acCovid-19 na França, que suscitou críticas severas ao governo. Castex informou que vai facilitar o acesso aos testes para pessoas que apresentem os sintomas da doença, além da obtenção de resultados mais rápidos.
Atualmente, quem quer se testar pode enfrentar filas gigantescas nos laboratórios em várias regiões do país e, em alguns casos, o resultado leva dias para sair.
"Também teremos que reforçar as medidas para garantir que um isolamento [de 14 dias, em caso de contaminação] seja respeitado", disse ainda o chefe do governo.
O premiê, que já havia dito que uma nova quarentena não deve ser excluída, se mostrou mais otimista sobre o assunto. "Temos, acima de tudo, que evitar um retrocesso, um reconfinamento. Isso é indispensável e está a nosso alcance", concluiu.
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