Diretor da OMS defende abertura de escolas na Europa durante 2ª onda
Redação Central, 19 nov (EFE).- O diretor para a Europa da Organização Mundial de Saúde (OMS), Hans Kluge, defendeu hpje que as escolas no continente sigam abertas durante a segunda onda da propagação da covid-19 e disse considerar ser possível evitar os confinamentos.
"Devemos garantir o ensino para nossos filhos", afirmou o representante da agência.
Kluge destacou que crianças e adolescentes não os impulsores principais do contágio e que o fechamento de escolas não é considerada uma medida efetiva para conter a propagação pelo patógeno.
O diretor para a Europa da OMS explicou que manter a maioria das escolas fechadas pode afetar a saúde mental dos jovens e ter consequências sociais.
Kluge também indicou que os confinamentos são "uma medida de último recurso" e causam muitos efeitos colaterais, tais como danos psicológicos ou aumento da violência de gênero, e que se o uso de máscaras exceder 95% entre as pessoas, não seria necessário obrigar as pessoas a se manterem em casa.
Por outro lado, o represente da agência, que hoje participou de audiência virtual no escritório regional da OMS, em Copenhague, na Dinamarca, aponto que, se o uso das máscaras for inferior a 60%, o confinamento se torna indispensável.
Crise na Europa
A Europa já registrou mais de 15,7 milhões de casos de infecção pelo novo coronavírus, o que representa 28% do que foi notificado em todo o mundo. Apenas neste mês, já foram contabilizados 4 milhões de positivos no continente.
Em mortes, a marca já é próxima de 355 mil, o que significa 265 das notificações de todo o planeta.
Mais de 80% dos países europeus apresentaram uma incidência elevada no número de novos casos, acima da marca de 100 para cada 100 mil habitantes, nos últimos 14 dias. Um terço das nações, inclusive, tem mais de 700 casos por 100 mil habitantes.
"Nas últimas semanas, as mortes por Covid-19 aumentaram 18%. Na semana passada, a Europa registrou mais de 29 mil novas mortes. Isso significa uma pessoa a cada 17 segundos", revelou Kluge.
Por outro lado, o diretor da OMS afirmou que o número de novos casos na Europa caiu de 2 milhões, média de duas semanas atrás, para 1,8 milhão nos últimos sete dias.
Segumdo Kluge, a queda pode ser explicada pelo comportamento responsável da população, que está cumprindo as indicações dos decretos de restrições impostos pelos governos nacionais.
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