Áustria recomenda que não deem vacina da AstraZeneca a maiores de 65 anos

O Conselho Nacional de Vacinação da Áustria recomendou às autoridades sanitárias a utilização da vacina da AstraZeneca contra Covid-19 apenas para a população entre 18 e 65 anos de idade, pois não há dados suficientes sobre sua eficácia e segurança entre as pessoas com mais de 65 anos, relata nesta segunda-feira a emissora pública "ORF".

"Os dados de imunidade e segurança são comparáveis aos de pessoas mais jovens. (Mas) devido ao pequeno tamanho da amostra (de estudos anteriores) não é possível afirmar com certeza sua eficácia para essa faixa etária", diz o comunicado.

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De qualquer forma, a agência destaca ainda que se houver problemas logísticos que impeçam o uso das outras duas vacinas aprovadas na União Europeia (UE), as da BioNtech/Pfizer e da Moderna, o medicamento AstraZeneca também pode ser usado nas mais antigas mais de 65 anos.

Hoje, o chanceler federal, Sebastian Kurz, se reunirá com governadores regionais e seu comitê de especialistas para coordenar o plano nacional de vacinação, que avança lentamente, como no resto da UE devido à escassez de vacinas.

As autoridades austríacas planejam começar a vacinar com o medicamento AstraZeneca a partir do próximo domingo, embora pareça difícil que o novo medicamento alcance a meta de vacinar toda a população com mais de 65 anos até o final de março, como foi inicialmente afirmado.

Kurz defendeu no mês passado que a UE deveria aprovar o uso do medicamento o mais rápido possível, já que, em sua opinião, a empresa anglo-sueca poderia enviar ao país 2 milhões de doses até o final de março.

Por fim, o número de doses que a Áustria receberá será bem menor, pois dos 80 milhões que a AstraZeneca deveria entregar à UE, chegarão apenas 40 milhões, conforme anunciado ontem pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Hoje, as autoridades sanitárias austríacas comunicaram 1.124 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, em linha com os dados das últimas semanas.

A incidência acumulada no país segue estagnada em torno de 100 casos por 100 mil habitantes, apesar do confinamento nacional decretado no final de dezembro, que deve terminar neste final de semana.