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Israel autoriza envio das primeiras vacinas contra covid-19 a Gaza

Menina passa por mural com o tema do coronavírus em Rafah, no sul da Faixa de Gaza - Said Khatib/AFP
Menina passa por mural com o tema do coronavírus em Rafah, no sul da Faixa de Gaza Imagem: Said Khatib/AFP

17/02/2021 15h37

Israel permitiu nesta quarta-feira o carregamento, que estava bloqueado desde a última segunda, das primeiras 1 mil doses de vacinas contra o novo coronavírus que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) enviou da Cisjordânia para a Faixa de Gaza.

"A entrega das vacinas está a caminho da Faixa", confirmou à Agência Efe, um representante da Segurança israelense sobre a transferência das vacinas entre duas áreas palestinas separadas territorialmente, cujas fronteiras são controladas por Israel.

A ANP, com sede na Cisjordânia, pretendia originalmente entregar 2 mil das 10 mil doses da Sputnik, doadas pela Rússia, mas Israel atrasou as autorizações, enquanto os deputados israelenses pediram que a entrega fosse condicionada ao retorno de dois civis e dos corpos de dois soldados detidos na Faixa de Gaza.

Organizações locais condenaram Israel por sujeitar o "bloqueio de acesso à ajuda humanitária" a decisões "políticas" e descreveram o atraso como "punição coletiva".

Esperam-se que as vacinas estão programadas para serem administradas aos profissionais da saúde no enclave costeiro, que tem estado sob o controle de fato do movimento islâmico Hamas desde 2007, quando teve início o bloqueio israelense.

O novo enviado da ONU para o Oriente Médio, Tor Wennesland, havia pedido anteriormente ao governo israelense que contribuísse com a campanha de vacinação para a população palestina sob ocupação "de acordo com suas obrigações segundo o direito internacional".

As autoridades palestinas na Cisjordânia receberam até agora 2 mil doses de Israel para vacinar profissionais da saúde e hoje Gaza receberá o primeiro lote de vacinas.

Além disso, a ANP espera mais 37 mil doses do mecanismo Covax gratuito da Organização Mundial da Saúde (OMS), que deve chegar nas próximas semanas, e também anunciou um acordo com a britânica AstraZeneca para receber mais dois milhões.