Paraguai rebate Uruguai e defende negociações conjuntas dentro do Mercosul
O ministro das Relações Exteriores paraguaio, Euclides Acevedo, apelou durante a reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) para as regras fundadoras do bloco e os objetivos estabelecidos no Tratado de Assunção, assinado há 30 anos, conforme lembrado pela pasta em comunicado divulgado hoje. Ele também frisou a importância de que as decisões dentro do Mercocul sejam tomadas por consenso.
Na reunião de chanceleres, realizada via internet e que precede a Cúpula de Presidentes desta quinta-feira, os quatro países discutiram os efeitos do coronavírus na região e as estratégias para lidar com a pandemia nos próximos meses.
Além disso, o Paraguai pediu aos outros integrantes para se unirem para agir como um bloco e conseguir um acesso mais equitativo às vacinas contra a Covid-19.
O Mercosul aproveitou a reunião de ministros para expressar sua "rejeição enérgica" ao assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, a solidariedade ao povo haitiano. O bloco também avaliou o primeiro semestre do ano, durante o qual a Argentina exerceu a presidência pro tempore, e abordou outros temas da agenda, como a tarifa externa comum, a consolidação do processo de integração e as negociações externas.
Nesta quinta-feira será realizada, também virtualmente, a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, Países Associados e Convidados Especiais, na qual a Argentina fará a transferência oficial da presidência semestral para o Brasil.
Tanto o anfitrião, o presidente argentino Alberto Fernández, quanto Jair Bolsonaro, Mario Abdo Benítez (Paraguai), e Luis Lacalle Pou (Uruguai) vão discursar.
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