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EUA exigem que Cuba reative internet e 'respeite a voz do povo' em protestos

13.jul.2021 - Manifestantes fecharam parte de uma estrada em Miami (EUA), enquanto mostram seu apoio aos cidadãos de Cuba - Joe Raedle / Getty Images
13.jul.2021 - Manifestantes fecharam parte de uma estrada em Miami (EUA), enquanto mostram seu apoio aos cidadãos de Cuba Imagem: Joe Raedle / Getty Images

Da EFE, em Washington

14/07/2021 03h27Atualizada em 14/07/2021 08h28

Os Estados Unidos declararam ontem que Cuba precisa respeitar a voz do povo local, que nos últimos dias vem protestando contra o governo da ilha, e exigiu a libertação de pessoas detidas nas manifestações e a reativação da internet e de outros meios de comunicação.

A exigência foi manifestada em entrevista coletiva pelo porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, que criticou a decisão de Havana de supostamente provocar apagões na internet e interferir no trabalho de jornalistas.

"Pedimos para os líderes cubanos mostrarem contenção e os convocamos a respeitar a voz do povo, abrindo todos os meios de comunicação", declarou Price.

O funcionário do governo americano negou as repetidas acusações do presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, de que os EUA estão por trás das manifestações e de que o embargo imposto pelo país à ilha há 60 anos é o grande culpado pela crise econômica, sanitária e social em território cubano.

"As necessidades do povo cubano são intensas", frisou o porta-voz, que, no entanto, responsabilizou "a corrupção, a má administração e talvez indiferença do próprio governo" pelos problemas, isentando qualquer atitude de Washington. Price ainda exigiu a libertação de qualquer pessoa detida durante manifestações, que segundo ele foram pacíficas.

A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou nesta terça-feira que há mais de 150 detentos nos protestos em Cuba e exigiu o fim das violações dos direitos humanos na ilha.

Milhares de cubanos saíram às ruas no domingo para protestar contra o governo gritando "liberdade!", em um dia sem precedentes, que terminou com dezenas de prisões e confrontos depois que Díaz-Canel convocou os seus apoiadores a irem às ruas e confrontarem os manifestantes.