Protesto pelas vítimas da explosão no porto de Beirute deixa vários feridos
Várias pessoas ficaram feridas ontem em confrontos entre as forças de segurança e familiares das vítimas da explosão de 4 de agosto de 2020, no porto de Beirute, que tentavam acessar a casa do ministro do Interior libanês, Mohamed Fahmy, para exigir justiça para a tragédia.
Os confrontos, que ainda continuam em frente à casa do ministro e acontecem quase um ano após a explosão que deixou mais de 200 mortos e 6,5 mil feridos na capital libanesa, deixaram um número desconhecido de feridos entre manifestantes e agentes das forças de segurança, informou a ANN (Agência Nacional de Notícias do Líbano).
Os manifestantes tentaram diversas vezes entrar no prédio onde fica a casa de Fahmy, que na semana passada negou permissão ao juiz encarregado da investigação da tragédia para interrogar o chefe da Segurança Geral do Líbano, general Abbas Ibrahim.
Ao mesmo tempo, uma comissão parlamentar estuda o levantamento da imunidade de três ex-ministros a pedido do juiz Tarek Bitar, que assumiu a liderança na investigação após a demissão de seu antecessor, em fevereiro, a pedido de dois dos acusados.
Os peticionários foram o ex-ministro da Fazenda Ali Hasan Jalil, que ocupou o cargo durante os anos em que o nitrato de amônio, que causou a deflagração, permaneceu no porto da cidade, e o ex-ministro de Obras Públicas e Transportes, Ghazi Zaiter.
Em dezembro do ano passado, o primeiro juiz no caso indiciou o primeiro-ministro libanês em exercício, Hassan Diab, e três ex-ministros, incluindo Jalil e Zaiter, por suposta negligência e causando um grande número de vítimas relacionadas com a explosão.
No entanto, os réus recusaram-se a assistir aos interrogatórios.
A explosão de cerca de 3 mil toneladas de nitrato de amônio causou uma onda de choque que devastou vários bairros da capital libanesa, deixando cerca de 300 mil pessoas temporariamente desabrigadas e, quase um ano depois, a investigação não teve avanços significativos.
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