NYT denuncia que talibãs procuram por pessoas que cooperaram com os EUA
O "NYT" cita como fonte um documento confidencial das Nações Unidas compartilhado internamente dentro da organização, que é datado de ontem e foi fornecido pelo Centro Norueguês de Análises Globais, um grupo consultivo de ameaças que fornece informações de inteligência para agências da ONU.
De acordo com o documento, há vários relatos de que o Talibã tem uma lista de pessoas e locais e foi de porta em porta "prendendo e/ou ameaçando matar ou prender familiares das pessoas visadas, a menos que eles se rendessem ao Talibã".
Membros das Forças Armadas e da polícia afegã, bem como pessoas que trabalharam para unidades de investigação do governo deposto de Ashraf Ghani, correm um risco particular, incluindo uma carta enviada esta semana pelos insurgentes a um oficial antiterrorismo.
O oficial não identificado, que trabalhou com as forças americanas e britânicas, foi instruído a comparecer perante as Forças Armadas e Comissão de Inteligência do Emirado Islâmico do Afeganistão em Cabul ou seus familiares "serão tratados de acordo com a lei Sharia", afirma o jornal.
As informações reveladas pelo documento da ONU, a que o jornal teve acesso, contradiz declarações recentes do Talibã, que garantiram que não buscariam vingança contra seus oponentes.
Até o dia de hoje, os Estados Unidos retiraram 7 mil pessoas do Afeganistão e possibilitaram mais acesso ao aeroporto de Cabul para acelerar a saída de seus cidadãos e colaboradores do país asiático. Há mais de 5,2 mil soldados americanos na capital para completar as evacuações.
Em entrevista à "ABC News" publicada ontem, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que ainda há entre 10 mil e 15 mil americanos no Afeganistão que precisam ser evacuados, além de entre 50 mil e 65 mil afegãos e suas famílias que os EUA querem retirar do país. EFE
nqs/phg
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