Ex-general venezuelano reclamado pelos EUA é detido em Madri
Fontes policiais informaram à Agência Efe que a detenção do ex-militar chavista foi feita hoje às 21h15 (local, 16h25 de Brasília) na capital por agentes de um grupo dos Fugitivos da Polícia Nacional, em colaboração com agentes da Administração de Controle de Drogas dos EUA (DEA).
Hugo Carvajal, que tinha um mandado em vigor para sua captura e prisão pela execução de sua extradição para os EUA, estava em uma casa protegida por várias pessoas. Segundo fontes, ele estava escondido no local e nunca saía.
A entrada no imóvel foi realizada com autorização judicial e executada por integrantes da Unidade de Intervenção da Polícia (UIP), a polícia antidistúrbios da Espanha. Posteriormente, o ex-general foi levado para as instalações do Grupo de Fugitivos localizado no complexo policial de Canillas.
É a segunda vez que Carvajal é preso em Madri. Em abril de 2019, ele foi detido depois de ter entrado no país com um passaporte falso, mas a Audiência Nacional negou sua extradição por entender que os EUA o queriam por uma motivação política. Com isso, ele foi liberado
Meses depois, em novembro de 2019, o plenário da Câmara Criminal do Audiência finalmente concordou com sua extradição, mas Carvajal já havia desaparecido.
Com o ex-militar ainda foragido, seus advogados apelaram perante a Suprema Corte contra o acordo adotado pelo Conselho de Ministros em 3 de março para executar a extradição depois de autorizada pela Audiência Nacional. Eles solicitaram a suspensão preventiva da ordem, alegando que as acusações não eram verdadeiras e que o único objetivo dos EUA é torturá-lo para obter informações sobre a Venezuela.
Carvajal foi chefe da Diretoria de Contraespionagem Militar da Venezuela por oito anos durante os governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro. Ele é acusado de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e colaboração com as Farc para contrabandear drogas para o território americano.
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