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Órgão dos EUA diz que 3ª dose da Pfizer não gera efeitos colaterais preocupantes

Lote de vacina da Pfizer - Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Lote de vacina da Pfizer Imagem: Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Da EFE

29/09/2021 00h13Atualizada em 29/09/2021 07h22

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) informou nesta terça-feira que uma terceira dose da vacina da Pfizer contra a Covid-19 não causa efeitos colaterais preocupantes, dias depois de ter autorizado a sua aplicação em milhões de pessoas no país.

Um estudo publicado pelo CDC conclui que as reações adversas após receber uma terceira aplicação do imunizante da Pfizer foram semelhantes às relatadas após a segunda dose.

As autoridades sanitárias americanas esperam que os resultados do estudo, realizado entre meados de agosto e meados de setembro, convençam as pessoas vulneráveis que receberam o regime completo com a vacina da farmacêutica local a obter uma dose de reforço.

Mais de 400 mil americanos receberam essa terceira dose em farmácias de todo o país no último fim de semana, depois que o CDC autorizou a medida na última sexta. A informação foi confirmada nesta terça pelo coordenador de resposta à pandemia da Casa Branca, Jeff Zients.

Além disso, ainda segundo Zients, quase 1 milhão de pessoas se agendaram para receber o reforço nas farmácias nas próximas semanas. Essas doses foram aprovadas nos EUA para cerca de 20 milhões de pessoas que receberam uma segunda injeção da Pfizer há pelo menos seis meses e que atendem a uma série de condições, como ter mais mais de 65 anos, ser adulto com comorbidades como diabetes ou obesidade, ou trabalhar com maior risco de infecção, como trabalhadores da área de saúde, professores e empregados de mercados, desde que tenham recebido o regime completo da Pfizer antes.

O estudo divulgado nesta terça-feira pelo CDC incluiu quase 12,6 mil pessoas que completaram uma pesquisa após receberem uma terceira dose da vacina contra a Covid-19. Entre esses voluntários, 79,4% disseram ter sentido dor ou inchaço no local da injeção após a terceira dose, em comparação com 77,6% que disseram o mesmo após terem recebido a segunda.

Além disso, 74,1% disseram ter sofrido efeitos colaterais como febre ou dor de cabeça após o reforço, em comparação aos 76,5% que viveram isso após receberem a segunda vacina.

"Os dados demonstram que até agora a terceira dose da vacina da Pfizer está sendo bem tolerada", disse a diretora do CDC, Rochelle Walensky.

O presidente americano, Joe Biden, tomou sua terceira dose da vacina da Pfizer na Casa Branca nesta segunda-feira, na esperança de motivar mais pessoas a seguirem o exemplo.

A decisão dos EUA de proceder com doses de reforço para certos grupos contradiz os pedidos da Organização Mundial da Saúde (OMS), que neste mês convidou os países desenvolvidos a adiar a medida até pelo menos dezembro, dada a distribuição desigual das doses em todo o mundo.