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Chile registra novo pico de casos de covid-19 e aposta na 3ª dose da vacina

28/10/2021 19h01

Santiago, 28 out (EFE).- As autoridades sanitárias do Chile confirmaram nesta quinta-feira 2,2 mil novos casos de covid-19, o maior número desde meados de julho, e apelaram para que as pessoas recebam as doses de reforço da vacina para travar este leve, mas sustentado pico de infecções que começou há semanas.

"Os casos estão aumentando e é importante que as pessoas tenham a imunidade necessária para evitar hospitalizações e a disseminação do vírus", disse o ministro da Saúde, Enrique Paris.

O país implantou uma das estratégias de vacinação mais bem-sucedidas do mundo, atingindo quase 90% da população-alvo com duas doses, principalmente com a vacina CoronaVac, mas também com Pfizer/BioNTech, AstraZeneca e CanSino.

Até o momento, 5,4 milhões de vacinas de reforço foram aplicadas, mas há mais de um milhão de retardatários que poderiam ter sido vacinadas, mas ainda não o fizeram, lamentou Paris.

De acordo com as estimativas do ministro, a expectativa é de que "os casos começarão a diminuir quando for possível vacinar 30% da população total com doses de reforço, como aconteceu em Israel".

O Chile, que tem um total de 1,68 milhão de casos e 37.719 mortes por covid-19, estava com a pandemia sob controle há três meses, quase sem novos casos e com uma taxa de positividade em torno de 1%.

Porém, nas últimas semanas os casos começaram a aumentar ligeiramente e nas últimas 24 horas, a positividade - percentual de positivos do total de PCR realizado - foi de 2,9%.

Na Região Metropolitana, que abriga a capital Santiago e onde moram 8 dos 19 milhões de habitantes do país, o índice foi de 4%.

O agravamento ainda não se reflete no número de óbitos, que foram 22 no último dia, mas está no número de casos ativos - que podem infectar -, que chegou a 10,8 mil, um dos números mais elevados em três meses.

Com o objetivo de conter a propagação do vírus, a partir de dezembro, todos os maiores de 55 anos deverão receber a terceira dose para poderem utilizar o cartão de vacinação.

As fronteiras, que tinham sido fechadas aos viajantes por seis meses, foram abertas no último dia 1º, embora apenas para os turistas vacinados que devem fazer uma quarentena obrigatória de sete dias.

Os chilenos ou estrangeiros residentes no país devem ficar em isolamento durante cinco dias ou até que o resultado do teste de PCR seja analisado. EFE