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Candidato uribista se retira da corrida presidencial colombiana

14/03/2022 20h42

Bogotá, 14 mar (EFE).- O candidato à presidência da Colômbia pelo partido uribista Centro Democrático, Óscar Iván Zuluaga, anunciou nesta segunda-feira sua retirada da corrida eleitoral para apoiar Federico Gutiérrez, que neste domingo venceu uma consulta realizada entre a coalizão dos partidos de direita.

"Tomei a decisão pessoal de acompanhar a candidatura de Federico Gutiérrez", disse Zuluaga, que acrescentou: "Somente unidos poderemos preservar a democracia e a liberdade".

Zuluaga afirmou que tomou esta decisão "em vista dos resultados de ontem e da necessidade de unidade para o bem da Colômbia", em alusão à possibilidade de o esquerdista Gustavo Petro vencer as eleições presidenciais do próximo dia 29 de maio.

Desde que foi eleito candidato pelo partido do ex-presidente Álvaro Uribe em dezembro do ano passado, Zuluaga não é bem visto por um setor radical do Centro Democrático liderado pela senadora María Fernanda Cabal, a segunda mais votada do país nas eleições legislativas deste domingo, nas quais obteve quase 200 mil votos.

Zuluaga, que foi ministro da Fazenda e candidato à presidência nas eleições de 2014, registrou oficialmente sua nova candidatura no dia 9 de março na companhia de sua candidata a vice-presidente, Alicia Eugenia Silva.

O ex-ministro destacou que desenvolveu uma campanha "dedicada a fazer as propostas mais sérias para construir o país que merecemos: mais seguro, com melhor educação e com mais oportunidades para todos".

Nesse sentido, frisou que continuará contribuindo e defendendo suas convicções políticas e que seu apoio a Gutiérrez se faz "sem cálculos políticos ou burocráticos, sem esperar nada em troca e com sincero entusiasmo".

Zuluaga disse ainda que agora seu partido é "livre para tomar as decisões institucionais que julgar apropriadas".

Gutiérrez, ex-prefeito de Medellín, venceu ontem a consulta da coalizão Equipe pela Colômbia, com 2.160.329 votos, o equivalente a 54,18% do total, o que o tornou o candidato presidencial de um setor da direita ao qual se soma agora o uribismo em busca de unidade para enfrentar Petro. EFE