Portugal em alerta vermelho com temperaturas recordes e ameaça de incêndios
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (Ipma) ativou hoje o alerta vermelho para as temperaturas previstas em oito distritos do país diante de "uma situação meteorológica de extremo risco".
A agência previu, em comunicado, que as temperaturas máximas chegarão durante os dias 13 e 14, e castigarão sobretudo zonas como o Alentejo e o Vale do Tejo, onde o termômetro pode atingir os 46 graus.
O alerta lançado pelo Ipma junta-se à declaração de contingência decretada pelo governo de António Costa ao longo da semana e que poderá ser prorrogada se necessário.
Uma declaração inédita sobre incêndios que implica o reforço dos equipamentos de extinção e proíbe a queima de palha, o uso de fogos de artifício ou pirotecnia, trabalhos com máquinas na floresta e atividades em algumas áreas florestais.
A ameaça de incêndio levou Portugal a solicitar ajuda de emergência ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil e a Comissão Europeia mobilizou no domingo dois aviões de combate a incêndios Canadair da sua frota na Espanha para colaborar com as tropas portuguesas.
CALOR AUMENTA O RISCO DE REATIVAÇÃO DE INCÊNDIO
A Proteção Civil anunciou ontem que não houve "incêndios ativos significativos", mas advertiu para o risco de reativação devido às altas temperaturas e a previsão foi cumprida em Ourem (centro), um dos focos mais preocupantes.
Mais de 370 tropas trabalham para extinguir o fogo, que hoje avança para o município de Alvaiázere, onde dezenas de pessoas foram evacuadas.
Ao todo, segundo a Proteção Civil, as chamas devastaram cerca de 5,5 mil hectares no norte e centro do país e deixaram 41 feridos ligeiros.
A situação deixa em dúvida a realização de alguns festivais previstos para esta semana, como o Superbock Super Rock - programado para começar na próxima quinta-feira na vila do Meco, em Sesimbra - e a concentração de motos agendada entre quinta e sábado em Faro, Algarve (sul).
As autoridades de proteção civil visitaram hoje os locais que vão receber os festivais para avaliar os riscos.
O primeiro-ministro, António Costa, advertiu ontem que o estado de contingência proíbe a realização de atividades em zonas florestais e,"nestas condições, não é possível abrir exceções" e apontou a possibilidade de "reajustar" os eventos já planejados.
"Mais de 50% dos incêndios em Portugal são causados por negligência, pelo uso incorreto dos espaços florestais, e isso não pode acontecer", advertiu ontem a Proteção Civil. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.