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Governo de Biden admite que sua política com Cuba é diferente da de Obama

14/09/2022 21h09

Washington, 14 set (EFE).- O atual governo dos Estados Unidos, presidido por Joe Biden, admitiu nesta quarta-feira que sua política em relação a Cuba é diferente da política de degelo da administração de Barack Obama (2009-2017) com a ilha, e justificou-a pela "repressão" do Executivo cubano.

"Em Cuba, nossa política se baseia nas aspirações do povo cubano por mais liberdade e mais democracia", disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, em entrevista coletiva.

Em seguida, Price destacou que "é verdade que a política deste governo não é idêntica" à do governo Obama, quando Biden era vice-presidente, mas ressaltou que "também é verdade que desde 2017, há cinco anos, o regime cubano se tornou muito mais repressivo em muitos aspectos".

O porta-voz da diplomacia americana deu como exemplo a resposta das autoridades cubanas às manifestações pacíficas de julho de 2021, que foram reprimidas "com repressão, prisões e encarceramento em toda a ilha".

"Este é apenas um exemplo da repressão que temos visto por parte do regime cubano", destacou Price.

Por outro lado, o porta-voz afirmou que o governo Biden também "tomou medidas" para beneficiar a população cubana e lembrou que, no último mês de maio, foi anunciado o restabelecimento de voos dos EUA para cidades cubanas além de Havana, por rotas que haviam sido proibidas pelo governo de Donald Trump (2017-2021).

Além disso, frisou que foram realizados programas de reunificação de famílias separadas entre Cuba e Flórida, e que o pessoal da embaixada dos EUA em Havana foi ampliado para acelerar a emissão de vistos.

A campanha de Biden havia prometido uma abertura com Cuba após quatro anos de duras políticas de Trump em relação à ilha, mas, segundo especialistas, ainda está longe da política de degelo iniciada em 2014 por Obama, que restabeleceu relações diplomáticas com Havana. EFE