Cotado para a Caixa, Occhi liberou verbas a aliados do PP e parentes

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Os custos do apoio do centrão. Ligado ao PP, Gilberto Occhi já foi presidente da Caixa Econômica Federal e está sendo indicado por integrantes do partido para voltar a presidir o banco estatal no governo Lula. O colunista Aguirre Talento teve acesso a documentos que apontam que Occhi agiu para favorecer interesses privados de aliados políticos e familiares enquanto presidia a CEF, entre junho de 2016 e abril de 2018.

Um processo disciplinar foi aberto contra Occhi, em 2019. As operações sob suspeita totalizam R$ 1,7 milhão em valores da época, segundo a investigação. O ex-presidente da Caixa e demais citados negam irregularidades.

Desenrola tem parcelalas e descontos generosos. Nessa primeira fase do Desenrola Brasil, se você tem renda entre 2 salários mínimos e R$ 20 mil, pode procurar os bancos diretamente, em vários canais digitais ou presencialmente, para renegociar dívidas bancárias contraídas entre 2019 e 2022.

O Banco do Brasil, o Bradesco, o Itaú e o Santander, entre outros, oferecem grandes descontos, de até 90% ou mais, para os clientes quitarem as dívidas à vista. Os prazos para parcelamento também são generosos. Veja aqui os canais e condições de cada banco.

Torcidas para o Brasil na firma. Na próxima segunda (25), enfim, a seleção do Brasil estreia na Copa do Mundo feminina. O jogo contra o Panamá é pela manhã, começa às 8h, e várias empresas estão adaptando a rotina de trabalho para que os funcionários possam assistir aos jogos.

Tem decoração especial, telões, kit pipoca, café da manhã grátis e até torneio de embaixadinhas. Vale a integração, a presença, o discurso de igualdade entre homens e mulheres e a aposta na vitória. Para servidores públicos federais, os dias de jogos da seleção têm ponto facultativo. Veja aqui o que vão fazer Pfizer, Siemens, Roche e Visa, entre outras empresas, para celebrar as horas especiais de Copa do Mundo na Oceania, no outro lado do mundo. E acompanhe os resultados de cada jogo na tabela de UOL Esporte.

Quinn, pessoa trans, joga pelo Canadá. Quinn tem 27 anos, joga na seleção feminina de futebol do Canadá e, quando está com a bola nos pés, narradores e comentaristas dos jogos devem tomar o cuidado de usar o pronome neutro para se referir aos lances. Nem ele nem ela, nem dele nem dela. Quinn não se reconhece em nenhum dos gêneros. Em 2021, tornou-se a primeira pessoa trans não-binária a ganhar medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

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No jogo contra a Nigéria na noite de quinta (20), vestindo a camisa número 5 e exibindo os cabelos muito curtos, Quinn fez história mais uma vez, como a primeira pessoa trans abertamente declarada a jogar uma Copa do Mundo. O Canadá perdeu um pênalti (a goleira nigeriana fez grande defesa) e o jogo terminou em 0 a 0. Leia mais sobre Quinn em Ecoa.

Oppenheimer brilhante, contraditório e acuado. Imagina enxergar Hiroshima e Nagasaki queimando (as pessoas em carne viva) e se sentir responsável pela barbárie. "A trama tecida por Nolan divide-se em dois eixos temporais que ocorrem em paralelo no filme, mas que dialogam, achatam o intervalo entre um tempo e outro e nos aproximam de Oppenheimer, o homem brilhante e carismático, mas também falho, egocêntrico, ambicioso, contraditório", escreve Flavia Guerra em Splash sobre o filme que estreou na quinta (20). O físico norte-americano é interpretado pelo ator irlandês Cillian Murphy, que já havia trabalhado para Christopher Nolan em Dunkirk, também sobre a Segunda Guerra.

A colunista lembra que, para o diretor, importa mais sentir do que entender a história. No caso da invenção da bomba atômica que matou milhares de pessoas no Japão, prevalece o sentimento da angústia, que "joga o espectador no buraco negro para o qual o cientista foi sugado". Reportagem de Tilt reconstrói a trajetória profissional de Oppenheimer, nascido em Nova York, aluno em Harvard, Cambridge e Gottingen, e professor universitário quando foi seduzido pelo projeto de criar uma arma poderosa contra os nazistas. Ele morreu em 1967, de câncer.

Mapas das múltiplas violências. Como sobrevivemos ao ano de 2022? Essa é uma das perguntas incômodas que surge na leitura das estatísticas da violência no Brasil, divulgadas na quinta (20) com dados do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O número de estupros bateu recorde, o de crimes de estelionato disparou (são cerca de 200 golpes por hora), também cresceu a violência contra crianças, adolescentes e mulheres, e os ataques racistas aumentaram 68%, mesmo considerando a falta de dados completos. O número de armas com cidadãos comuns mais que dobrou em curto período.

Chama a atenção que a Bahia desponte como um dos lugares mais perigosos, abrigando 11 das 20 cidades brasileiras com maiores taxas de homicídio. A taxa de crimes violentos letais é a segunda maior do país, atrás do Amapá. Para Dudu Ribeiro, da Iniciativa Negra por uma nova Política sobre Drogas, "o que mais tem incentivado o aumento da letalidade é a pulverização das organizações criminosas na disputa por territórios", um movimento, segundo ele, que combina os criminosos locais com a presença cada vez maior de facções de outros estados que migraram para a Bahia.

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