Mesmo com pressão do governo, BC mantém juros em 10,5% ao ano

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* Por decisão unânime, Copom interrompe cortes e mantém Selic em 10,5%. O Comitê de Política Monetária do Banco Central interrompeu um ciclo de quedas da taxa de juros que havia começado em agosto de 2023. Mesmo sob pressão do governo, todos os membros do colegiado votaram por não mexer na taxa, inclusive indicados pelo presidente Lula. Em sete reuniões seguidas ao longo de dez meses, o Copom reduziu a taxa de 13,75% para 10,5% ao ano, mas a manutenção nesta reunião era esperada pelo mercado financeiro. Analistas que respondem à pesquisa semanal do BC projetam que a taxa termine 2024 em 10,5% ao ano, sem mais reduções até dezembro. Entenda.

* Presidente da Petrobras toma posse e diz que está alinhada com Lula. Madga Chambriard afirmou que a gestão tem planejamento estratégico e que "está totalmente alinhada com a visão de país do presidente Lula e o governo federal, afinal são nossos acionistas majoritários". A nova presidente disse que Lula lhe deu a missão de movimentar a Petrobras e que "não quer confusão" com a empresa. Disse ainda que o plano da estatal é de liderar a transição energética do país, avançando em energia eólica, solar e hidrogênio, mas que quem vai pagar a conta da transição será o petróleo. Leia mais.

* STF recebe lista de foragidos do 8/1 encaminhada pelo governo Milei. A Argentina enviou ao governo brasileiro cerca de 60 nomes de fugitivos investigados ou condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes que entraram no país. O número de foragidos, no entanto, deve ser maior porque muitos entraram ilegalmente. Na semana passada, o STF enviou um ofício ao governo argentino com o nome de 143 condenados e investigados que quebraram a tornozeleira e fugiram. A lista encaminhada ontem pelo país vizinho foi uma resposta a esse questionamento. A Polícia Federal estima que 180 investigados, sendo que vários já condenados, fugiram para países como Argentina, Uruguai e Paraguai. O UOL apurou que, dentre os militantes investigados que fugiram para a Argentina, haveria ao menos 78 com pedidos de refúgio na Comissão Nacional para os Refugiados.

* Senado aprova projeto do novo ensino médio. Em votação simbólica, os senadores aprovaram sem modificações o texto que passou pela Comissão de Educação ontem mesmo. O novo texto determina carga horária de disciplinas obrigatórias reforçada, de acordo com o desejo do governo federal. Das 3.000 horas distribuídas em três anos, 2.400 serão destinadas às horas comuns de todos os alunos, que abrangem aulas de disciplinas tradicionais, como português, matemática, entre outras. Para quem optar pelo ensino profissionalizante, a carga comum cai para 2.200 horas, e ficam 800 horas para aulas específicas dos cursos. O projeto reestrutura o ciclo, que foi modificado em 2017, e como o texto sofreu modificações, volta para a Câmara dos Deputados. Saiba mais.

* Comissão do Senado aprova projeto que legaliza cassinos. O texto também torna legal no Brasil bingos, jogo do bicho e apostas em corridas de cavalo. O relator do projeto defende que os cassinos vão atrair dinheiro de turismo e de impostos para o país, mas também reconhece que existe a possibilidade de que os jogos facilitem esquemas de lavagem de dinheiro. Para tentar evitar que isso ocorra, ele afirma que as apostas serão feitas por pix e cartão de débito, sem a possibilidade do pagamento em espécie para permitir auditoria e fiscalização. O texto foi aprovado na Câmara em fevereiro de 2022 e agora na CCJ do Senado, por 14 votos a favor e 12 votos contra. Ele segue agora para plenário. Veja os principais pontos.

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