CERN recomeça colisor de "Big Bang" após revisão de dois anos
Cientistas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla em francês) recomeçaram neste domingo (5) a trabalhar com o Grande Colisor de Hadrons (LHC, na sigla em inglês), embarcando em uma nova aposta para resolver alguns mistérios do universo e buscar a chamada 'matéria escura'.
O aparelho foi fechado por dois anos para conserto. As esperanças em uma segunda tentativa recaem sobre irromper com o que é conhecido como modelo padrão de funcionamento do universo ao nível de partículas elementares, e entrar em novas físicas. Isso inclui buscar a chamada matéria escura, que acredita-se constituir quase 27% da massa do Universo, mas pode ser detectada somente por sua influência gravitacional em galáxias e planetas visíveis.
Cientistas estão preparando colisões esmagadoras de partículas que devem começar em junho, ainda que nenhuma nova descoberta feita seja provável de emergir até meados de 2016.
A revisão incluiu novos ímãs, feixes de energia muito mais fortes e uma verificação completa de toda a fiação em todo o subterrâneo de 27 km de túnel LHC e seus quatro grandes detectores e ímãs.
"É fantástico ver ele funcionando tão bem depois de dois anos e uma revisão tão grande", disse o diretor geral do CERN, Rolf Heuer, no blog da organização de pesquisa sobre o recomeço.
Durante a última corrida, de 2010 a 2013, os físicos rastrearam o lendário bóson de Higgs, após anos de busca nos escombros gravado a partir de colisões de partículas no CERN e em outros aceleradores menores.
Em dois meses, o CERN irá começar a esmagar partículas umas contra as outras no LHC com quase o dobro da energia comparado com a primeira vez, e como antes, perto da velocidade da luz.
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