Ataques contra albinos aumentam com proximidade de eleições na África
Ataques contra pessoas albinas na África têm aumentado com a proximidade de eleições em vários países africanos devido a uma crescente demanda de aspirantes a políticos por partes de corpos albinos valorizadas na magia negra.
A ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou que os ataques contra albinos, cujas partes dos corpos são altamente valorizadas em rituais de bruxaria e podem alcançar altos preços, têm sido registrados desde agosto em seis países no sul e leste do continente africano.
Na África do Sul, o corpo de uma jovem albina foi encontrado em uma cova rasa sem a maior parte dos órgãos e da pele. Um albino de 56 anos do Quênia morreu depois que partes do seu corpo foram arrancadas em um ataque, disse a ONU.
"Pessoas com albinismo estão entre as mais vulneráveis da região", disse Ikponwosa Ero, primeiro especialista de direitos humanos em albinismo da ONU, em comunicado.
"Hoje, o infortúnio deles tem sido agravado pelo medo constante de ataques por outras pessoas --incluindo membros da família-- que valorizam as partes de seus corpos mais do que a vida deles."
Curandeiros chegam a pagar US$ 75 mil (R$ 285 mil) por um conjunto completo de órgãos de um albino, de acordo com um relatório da Cruz Vermelha, para usá-los em feitiços que acreditam trazer boa sorte, amor e riqueza.
A ONU alertou em março que 2015 seria um ano perigoso para os albinos na Tanzânia, à medida que políticos recorrem a bruxos para aumentar suas chances de vencerem nas urnas.
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