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Queda de avião mata 41 no Sudão do Sul; bebê e tripulante sobrevivem

Nyloak Tong, 14 meses, sobreviveu à queda de avião no Sudão no Sul e recebe tratamento médico  - Jok Solomun/Reuters
Nyloak Tong, 14 meses, sobreviveu à queda de avião no Sudão no Sul e recebe tratamento médico Imagem: Jok Solomun/Reuters

Denis Dumo

Em Juba

04/11/2015 08h10

Um avião de carga russo com passageiros a bordo caiu nesta quarta-feira (4) após decolar do aeroporto na capital do Sudão do Sul, Juba, matando pelo menos 41 pessoas na aeronave e no solo, disseram uma autoridade e uma testemunha à Reuters.

Ao menos um membro da tripulação e uma bebê a bordo sobreviveram, disse o porta-voz presidencial Ateny Wek Ateny à Reuters. A bebê é Nyloak Tong, uma garota de 14 meses que foi atendida em um hospital de Juba após o acidente.

Pouco depois de decolar do aeroporto de Juba, o avião caiu às margens do rio Nilo Branco, deixando um rastro e pedaços da fuselagem espalhados na vegetação perto da água.

O avião poderia ter cerca de 20 pessoas a bordo entre a tripulação e "provavelmente" de 10 a 15 passageiros, disse Ateny, que acrescentou ainda ser preciso confirmar quantos ocupantes a aeronave tinha.

O porta-voz disse ainda que algumas pessoas morreram no solo, à medida que o avião Antonov caiu próximo de onde pescadores trabalhavam. "Não sabemos o número de pessoas que foram mortas no solo", disse.

Um policial, que não informou seu nome porque não tem autorização para falar com a mídia, disse à Reuters no local que pelo menos 41 pessoas morreram, mas disse que o número poderia subir. A testemunha disse que viu 41 corpos no local.

Anteriormente, a mídia do Sudão do Sul informou que o avião de carga levava cinco tripulantes russos e sete passageiros. A Tribuna do Sudão do Sul relatou no Twitter dois sobreviventes, sendo uma criança.

Crianças sobreviventes

O caso lembra o de um acidente aéreo na Líbia, em 2010, em que um menino de cerca de 10 anos foi o único sobrevivente.

À época, o professor do departamento de engenharia aeronáutica da USP (Universidade de São Paulo) Segundo James Waterhouse,  explicou que justamente por terem um porte físico menor, as crianças têm mais chance de saírem vivas em desastres aéreos.

Em acidente no Índico em 2009, uma menina de 14 anos também foi a única sobrevivente