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Salvação é gratuita, diz papa, em alerta contra fraudes

Papa Francisco abre a Porta Santa da Basílica de São João de Latrão, que marca o início do Ano Santo da Misericórdia, no Vaticano - Stefano Rellandini/Reuters
Papa Francisco abre a Porta Santa da Basílica de São João de Latrão, que marca o início do Ano Santo da Misericórdia, no Vaticano Imagem: Stefano Rellandini/Reuters

Na Cidade do Vaticano

16/12/2015 11h19

O papa Francisco alertou os católicos nesta quarta-feira (16) contra os golpistas que irão cobrar para que eles atravessem as "Portas Sagradas" de catedrais de todo o mundo, ritual que faz parte do Ano do Jubileu da igreja.

"Sejam cuidadosos. Tomem cuidado com qualquer um que possa ser um pouco rápido e muito esperto e que diz que vocês têm que pagar. Não! Não se paga pela salvação. Ela é gratuita", disse ele em comentários improvisados a dezenas de milhares de pessoas na Praça São Pedro, em Roma, durante sua audiência semanal.

Ao longo das comemorações, que começaram na semana passada, durarão um ano e estão entre os acontecimentos mais importantes da igreja de 1,2 bilhão de membros, os fiéis farão peregrinações à cidade-sede do Vaticano e a outras localidades religiosas em todo o mundo, na maior parte catedrais locais.

Ao atravessar a porta sagrada das igrejas, que ficam fechadas exceto no Ano do Jubileu, os católicos passam simbolicamente do pecado para a graça.

Normalmente, o Ano do Jubileu acontece uma vez a cada 25 anos, e o próximo estava marcado para 2025. Mas o papa, que quer uma igreja que inclua mais e julgue menos, pediu um Jubileu extraordinário tendo por tema a misericórdia, a compaixão e o perdão.

Para enfatizar que a igreja deveria mostrar mais preocupação com os pobres este ano, ele levou a tradição para além das casas de oração e irá abrir uma "porta sagrada" simbólica em um abrigo de sem-teto de Roma na sexta-feira.

Roma já testemunhou algumas fraudes no Ano do Jubileu. Nesta semana, a polícia italiana confiscou 3.500 pergaminhos falsos que ofereciam supostas bênçãos do papa e que estavam sendo vendidos aos peregrinos.