Violência volta a assombrar futebol inglês
Por Neil Robinson
LONDRES (Reuters) - Torcedores se agrediram com assentos arrancados do estádio e moedas durante a partida entre West Ham United e Chelsea na quarta-feira, no mesmo estádio onde há quatro anos fãs aplaudiram os heróis olímpicos britânicos.
O crescimento dos hooligans, fenômeno que o futebol inglês esperava não encontrar novamente, preocupa a Associação de Futebol Inglesa o suficiente para iniciar uma investigação. A associação irá investigar se as cenas refletem um problema com o ex-estádio olímpico em si ou indicam um mal maior.
O tumulto não entra na escala da violência que atingiu o futebol inglês no século passado, mas sua localização é particularmente sensível para um esporte que se mostra como progressista e aberto a todas as famílias.
Após anos de negociações, o West Ham finalmente se transferiu para o estádio de 701 milhões de libras no início da temporada, deixando o tradicional Boleyn Ground após 112 anos.
O jogo de despedida, em maio, também foi marcado pela violência, quando o ônibus da equipe do Manchester United foi apedrejado fora do estádio, mas as cenas foram vistas como decorrentes da emoção da ocasião.
Enquanto a maioria dos torcedores recebeu bem a mudança para o estádio de 60 mil lugares, uma minoria permanece infeliz, com o que viram como um ambiente longe do tradicional.
Violência esporádica também ocorreu em jogos em casa contra o Watford, Middlesbrough e Sunderland nesta temporada, muitas vezes causada por discussões entre próprios fãs do West Ham por pessoas em pé no estádio, em que todos devem estar sentados. Fãs mais tradicionais rejeitam a ideia de que devam assistir os jogos sentados.
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