Empreiteira peruana Grana y Montero demite executivos em meio a escândalo de corrupção
LIMA (Reuters) - Maior empreiteira do Peru, a Grana y Montero
As ações da Grana subiram mais de 10 por cento desde o anúncio das renúncias, ocorridas antes de uma reunião dos acionistas a ser realizada ainda nesta terça-feira para tratar das consequências das investigações de corrupção que envolvem sua parceira brasileira Odebrecht.
As renúncias de José Grana, presidente do conselho da construtora e filho de um de seus fundadores, de Mario Alvarado, seu diretor-executivo, e de Hernando Grana, seu diretor, entrarão em vigor na quinta-feira, disse a empresa em um comunicado. O vice-diretor-executivo, Luis Díaz, assumirá a função de Alvarado.
A empreiteira afirmou que irá continuar a trabalhar para provar a falsidade das alegações de que sabia sobre os 20 milhões de dólares em propinas que a Odebrecht admitiu ter dado ao ex-presidente peruano Alejandro Toledo.
Toledo negou qualquer irregularidade.
Segundo uma revista local, na sexta-feira o ex-diretor da Odebrecht no Peru disse aos procuradores que a Grana e seus outros parceiros locais em dois contratos de construção de rodovias estavam cientes de um acordo para subornar Toledo e que sabiam que teriam que "assumir sua parte".
Os executivos demissionários da Grana não foram acusados de nada.
A Odebrecht está no centro do maior escândalo de corrupção em âmbito regional, desde que reconheceu, no final de dezembro, que distribuiu milhões de dólares em propinas em vários países da América Latina, do Peru ao Panamá.
(Por Mitra Taj e Ursula Scollo)
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