Aliado de Trump se oferece para testemunhar em investigação sobre intromissão russa
Por Doina Chiacu
WASHINGTON (Reuters) - Roger Stone, um aliado de longa data do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo que se ofereceu para testemunhar diante de uma comissão parlamentar que investiga possíveis intromissões russas nas eleições presidenciais de 2016 e vínculos com a campanha de Trump.
Conselheiro informal de Trump, Stone disse ao programa "This Week" da ABC que ele não recebeu uma resposta do comitê de inteligência da Câmara dos Deputados sobre sua oferta de testemunho público.
Junto com o ex-gerente de campanha de Trump Paul Manafort, que também se ofereceu para comparecer perante a comissão, Stone está entre os associados de Trump cujas comunicações e transações financeiras estão sendo examinadas pelo FBI e outros como parte de uma investigação maior sobre possíveis ligações com autoridades russass, de acordo com um relatório de 20 de janeiro publicado no New York Times.
Sem citar nomes, o diretor do FBI, James Comey, confirmou na semana passada, durante a audiência pública no comitê, que o FBI investiga possíveis ligações russas com a campanha de Trump, em uma tentativa de Moscou de influenciar as eleições de 2016.
"Reitero mais uma vez, não tive contatos ou conluios com os russos", disse ele ao programa da ABC, acrescentando: "Não há nenhum conluio, pelo menos nenhum que eu conheça, na campanha de Donald Trump para presidente".
Na audiência do comitê de inteligência na segunda-feira, Adam Schiff, o principal democrata do painel, citou preocupações em relação às comunicações de Stone com o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, e Guccifer 2.0, que assumiu responsabilidade por invadir computadores de grupos democratas.
Stone disse que havia falado com Assange por meio de um intermediário e com Guccifer pelo Twitter. Stone também questionou se Guccifer é um agente russo.
"Só porque os serviços de inteligência dizem uma coisa, como sabemos pela história, não a torna verdadeira", disse ele, refletindo as dúvidas que o próprio Trump semeou sobre agências de espionagem dos EUA.
A comunidade de inteligência dos EUA concluiu que a Rússia patrocinou ataques cibernéticos contra grupos do Partido Democrata durante a campanha de 2016 para beneficiar o republicano Trump em detrimento da democrata Hillary Clinton. A Rússia negou as alegações de intromissão.
Trump descartou a ideia de qualquer coordenação entre sua campanha e a Rússia e acusou os democratas e os meios de comunicação de usar a questão para atacá-lo.
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