Autópsia diz que homem negro foi atingido nas costas e contradiz polícia da Califórnia
Uma autópsia em um homem negro desarmado que foi morto por policiais na capital da Califórnia na semana passada indica que todos os oito tiros o atingiram nas costas, na lateral ou na perna, contradizendo a versão das autoridades sobre o evento, disse nesta sexta-feira um advogado da família do homem morto.
Benjamin Crump, advogado da família de Stephon Clark, um afro-americano de 22 anos morto em Sacramento em 18 de março, disse que a descoberta refuta afirmações da polícia de que o homem estava avançado na direção dos policiais quando eles dispararam.
"Esta autópsia independente afirma que Stephon não era uma ameaça à polícia e foi massacrado em outro assassinato policial sem sentido sob circunstâncias cada vez mais questionáveis", disse Crump em comunicado.
A morte de Clark é a mais recente em uma série de ataques fatais a tiros cometidos por policiais contra homens negros e que geraram protestos nos Estados Unidos e impulsionaram um debate nacional sobre viés no sistema de justiça criminal norte-americano.
Um representante do Departamento de Polícia de Sacramento não pôde ser imediatamente contatado para comentários.
Nenhuma das balas disparadas pelos policiais entrou no corpo de Clark pela parte da frente, disse nesta sexta-feira um patologista forense após a autópsia conduzida a pedido da família de Clark.
Os resultados da autópsia do médico legista ainda não foram divulgados.
A morte de Clark gerou manifestações em maioria pacíficas em Sacramento. Em diversas ocasiões durante as últimas duas semanas, manifestantes marcharam, fizeram protestos e impediram duas vezes torcedores de chegarem a jogos da equipe de basquete Sacramento Kings no Golden 1 Center.
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