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Petroleiros convocam greve por redução dos preços dos combustíveis e saída de Parente

27/05/2018 10h31

SÃO PAULO (Reuters) - A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) decidiu neste domingo convocar uma greve da categoria para esta semana contra a política de preços da Petrobras e a favor da saída do presidente da estatal, Pedro Parente, acompanhando a decisão da véspera da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

A convocação ocorre em um momento em que o país vive uma crise de abastecimento de combustíveis, decorrente da greve dos caminhoneiros contra a alta do diesel, que já dura uma semana, e o movimento dos petroleiros pode complicar ainda mais a situação.

A paralisação da FNP está programada para começar na terça-feira, enquanto a FUP convocou a greve de 72 horas a partir de quarta-feira.

"O Exército já está nas unidades e terminais da Transpetro. Chegou a hora do petroleiro mostrar para sociedade que é contra o preço abusivo de combustíveis, que é contra a Petrobras voltada apenas ao interesse financeiro dos acionistas e empresários", disse Adaedson Costa , secretário-geral da FNP em vídeo distribuído à categoria.

A Petrobras adotou em meados do ano passado uma política que prevê ajustes nos preços dos combustíveis praticamente diários com base na cotação do preço do petróleo no mercado internacional e da taxa de câmbio. A política anterior previa reajustes em períodos de aproximadamente 30 dias. [nL1N1JB2EC]

"Será uma greve com avaliação diária...os caminhoneiros demonstraram que nós trabalhadores não podemos ser reféns de mandos e desmandos de governantes que atendem a uma parcela mínima da população", acrescentou o secretário-geral da FNP, que representa 45 por cento da categoria de petroleiros.

O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Aurelio Amaral, disse à Reuters que a situação do abastecimento de combustíveis no Brasil segue delicada e que uma greve da FUP e FNP pode complicar a situação.

"O que temos até agora mesmo com ações foi uma pouca melhora e se tivermos uma greve a situação fica difícil", disse neste domingo.

(Por Rodrigo Viga Gaier)