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Juiz determina que EUA forneçam lista de crianças imigrantes separadas

Crianças que atravessaram a fronteira dos Estados Unidos ilegalmente com os pais e foram separadas  - Foto: AFP
Crianças que atravessaram a fronteira dos Estados Unidos ilegalmente com os pais e foram separadas Imagem: Foto: AFP

Marty Graham

San Diego

06/07/2018 20h55

O governo dos Estados Unidos deverá fornecer uma lista até a noite de sábado (7) das estimadas 100 crianças menores de cinco antes que foram separadas de seus pais ao entrarem nos EUA, determinou um juiz federal nesta sexta-feira.

O juiz dos EUA Dana Sabraw também determinou que o governo explique até sábado sua expectativa para reunir cada uma dessas crianças a seus pais até o fim de terça-feira (10).

No mês passado, Sabraw emitiu a ordem de reunificação, que também estabelecia um prazo máximo de 26 de julho para que mais de 2.000 crianças sejam reunidas.

Advogados do governo dos EUA disseram que eles podem falhar em cumprir esses prazos devido a atrasos em confirmar relacionamentos familiares, mas Sabraw não quis estendê-los.

"O que eu estou contemplando é que o governo providencie uma lista para os advogados dos requerentes até às 21h de amanhã (no horário de Brasília) com as identidades das crianças", disse Sabraw.

Ele também pediu ao governo que forneça a American Civil Liberties Union (ACLU), que moveu a ação pública, expectativas para cumprir o prazo para cada uma das crianças na lista.

O juiz marcou uma conferência de status para segunda-feira (9) e disse que espera que o governo e a ACLU possam alcançar um acordo sobre qualquer necessidade de estender o prazo de reunificação.

O governo informou em documentos ao tribunal que estava tendo dificuldades especialmente para ligar crianças a pais que foram liberados da detenção.

Um advogado da ACLU, Lee Gelernt, disse que organizações usariam a oportunidade para ajudar a reunir pais com crianças.

"Fomos inundados por milhares de médicos, advogados e pessoas que querem ajudar", disse Gelernt após a audiência. "A oferta de ajuda é incrível. Todos estão sentindo que não devemos fazer dessas crianças peças de um jogo".

(Reportagem de Susan Heavey e Yeganeh Torbati em Washington)