EUA retiram diplomatas de cidade iraquiana e citam ameaças do Irã
Por Phil Stewart e Lesley Wroughton
WASHINGTON/NOVA YORK (Reuters) - Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira que irão efetivamente fechar seu consulado na cidade iraquiana de Basra, realocando seu corpo diplomático após crescentes ameaças do Irã e de milícias apoiadas pelo Irã, incluindo tiros de morteiros.
A decisão é mais um episódio no aumento de tensões entre os Estados Unidos e o Irã, que é alvo de novas e maiores sanções econômicas dos EUA.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, enquanto explicava a mudança, reemitiu um aviso de que os Estados Unidos responsabilizariam diretamente o Irã por ataques a norte-americanos ou a instalações diplomáticas dos Estados Unidos.
A mudança aconteceu após ataques recentes com foguetes que, segundo Pompeo, foram direcionados ao consulado em Basra.
"Eu deixei claro que o Irã deve entender que os Estados Unidos responderão pronta e apropriadamente a tais ataques", disse Pompeo em nota.
Pompeo não disse explicitamente se uma resposta dos Estados Unidos era iminente, e outras autoridades norte-americanas não revelaram as opções de respostas possíveis.
Ainda assim, Pompeo diz que as ameaças contra instalações ou diplomatas norte-americanos no Iraque estavam "cada vez maiores e mais específicas" e acrescentou que Washington trabalha com as forças iraquianas e aliados norte-americanos para resolver a questão.
"Estamos olhando para todas as partes internacionais interessadas na paz e na estabilidade do Iraque e da região para reforçar nossa mensagem ao Irã em relação a esse comportamento inaceitável", disse.
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